Era de esperar que a 60ª edição dos Grammy Awards ficasse marcada por comentários políticos e mensagens poderosas. O que não era de esperar era que Hillary Clinton aparecesse a ler um excerto de Fire and Fury, o polémico livro de Michael Wolff sobre os bastidores da Presidência de Donald Trump, mas foi exatamente isso que aconteceu.

A ex-candidata à Casa Branca participou num vídeo, transmitido durante a cerimónia, onde várias celebridades — como John Legend, Cher ou Snoop Dogg — interpretaram excertos de Fire and Fury durante uma suposta audição de spoken word. Hillary, a última aparecer no clip, leu uma passagem sobre o amor de Trump por fast food. “Ele tinha medo de ser envenenado”, começa por ler a antiga candidata presidencial, que surge por breves momentos com a cara tapada pelo livro. “Esta era uma das razões pelas quais ele comia no McDonalds. Ninguém sabia que ele aparecia e a comida era pré-feita de forma segura.”

https://www.youtube.com/watch?time_continue=112&v=DjbysQgJ64Y

Apesar de o vídeo ter sido recebido com uma ovação em Madison Square Garden, onde decorreu a cerimónia deste domingo, Nikki Haley, embaixadora dos Estados Unidos da América na ONU, parece não ter achado piada nenhuma à brincadeira. Haley apressou-se a comentar a situação no Twitter, escrevendo que, apesar de sempre ter adorado os Grammys, a leitura de Fire and Fury estragou completamente o evento deste ano. “Não arruínem boa música com lixo”, pediu, acrescentando que “alguns de nós” gostam de música sem política.

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O filho mais velho de Trump, Donald Trump Junior, também fez questão de comentar a situação nas redes sociais. No Twitter, escreveu que “ler um livro sobre notícias falsas nos Grammys parece um bom prémio de consolação para quem perdeu a Presidência”. “Quanto mais Hillary Clinton aparece na televisão, mais os americanos se apercebem quão incrível é ter Donald Trump no Governo”, disse ainda.