O World Competitiveness Center (IMD) mediu a perceção que os executivos de 60 países têm do seu próprio país, sendo assim possível comparar com um outro ranking que o instituto publicou sobre a economia e competitividade real dos 60 países em questão. Sete países do top-10 do ranking de competitividade afiguram-se como os mais otimistas em relação ao seu país. Portugal situa-se no 47.º lugar face ao 43.º posto na competitividade, pelo que há algum realismo na perceção da sua imagem e valor para o exterior. O resultado português situa-se nos 4.85 numa escala de 0-10, sendo que 10 é “muito positivo”. Os executivos da Singapura, a terceira economia mais competitiva dos 60 para o IMD, estão na liderança no que toca à perceção exterior que têm do seu país, com 8.92.
“Enquanto a performance económica se altera de ano para ano, as perceções formam-se no longo prazo e alteram-se de forma gradual. Também poderão conduzir a um ciclo vicioso de articulação de uma melhor imagem com uma melhoria na performance económica”, explicou Arturo Bris, diretor do IMD, num comunicado que acompanha o documento que divulga a classificação.
O estudo concluiu que Irlanda (3), Qatar (10) e Coreia do Sul (12) são os países que se apresentam demasiado otimistas sobre a imagem do seu país relativamente à sua real posição no ranking da competitividade económica (15.º, 19.º e 26.º, respetivamente). Os mais pessimistas são França, Taiwan, Polónia e Estados Unidos. O resultado destes últimos, segundo o estudo, poderá ser um reflexo da política externa norte-americana, já que lideram, como em 2013, o ranking da competitividade económica.
“A forma como os executivos têm acesso à perceção que o exterior forma relativamente ao seu país constitui um potencial guia orientador da introdução de melhorias na competitividade dos respetivos países”, garante Bris.