A nova unidade de cirurgia de ambulatório da Fundação Champalimaud foi apresentada na manhã desta sexta-feira, em Lisboa, aos jornalistas e ao Conselho de Curadores da fundação. Trata-se de uma valência de que o centro clínico da instituição ainda não dispunha e que permite aos doentes oncológicos terem “um tratamento o menos invasivo possível”, explicou Leonor Beleza, presidente do Conselho de Administração.

“Esta sala completa o projeto inicial desde sempre. O centro dota-se do que lhe faltava”, informou Leonor Beleza, referindo que, atualmente, “mais de 90% dos tratamentos de cancro são em ambulatório” e que “a tendência é para que cresça”. Em 2013, o centro clínico atendeu 8.715 doentes, esperando atingir os 15.000 este ano. A unidade esta quinta-feira apresentada contribuirá para este aumento. “Estamos a atender mais de 300 doentes por dia”, referiu Leonor Beleza, não querendo contudo dizer quantos doentes são esperados depois da abertura da nova valência, que ainda não tem data definida.

A nova sala de operações permitirá fazer “cirurgia multidisciplinar”, explicou Nuno Figueiredo, diretor da nova unidade.

De acordo com Nuno Figueiredo, diretor da unidade, os métodos não invasivos que agora serão utilizados “seguramente” contribuem para uma maior qualidade de vida dos doentes oncológicos. A nova sala de operações permitirá fazer “cirurgia multidisciplinar”, isto é, será possível estarem diversos profissionais, como “cirurgiões, radiologistas ou anestesistas” em simultâneo a captar imagens do paciente e a corrigir eventuais problemas “em tempo real”, explicou.

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“Este conjunto não é só muito avançado tecnologicamente, é um conjunto com a marca Champalimaud”, declarou Leonor Beleza, que enfatizou que a nova unidade é “respeitadora da privacidade” dos doentes, uma vez que as salas de recobro se situam imediatamente ao lado da sala de operações.

Atualmente, a Fundação Champalimaud “recebe doentes dos sub-sistemas de saúde e dos seguros”, mas não do Serviço Nacional de Saúde, afirmou Leonor Beleza. “Em tempos, o contacto [do Ministério da Saúde] existiu” para que esses doentes tivessem acesso ao centro clínico, referiu a presidente da fundação, adiantando, no entanto, que “não é à fundação que cabe alterar o que quer que seja”, dando assim a entender esperar nova abordagem por parte do Ministério. “Estamos disponíveis para falar”, declarou.