O Presidente da República, Cavaco Silva, classificou hoje, em Alijó, os empresários e trabalhadores como os “verdadeiros motores” da economia portuguesa, por promoverem o crescimento das exportações e do investimento.
“E é nestas duas áreas, exportação e investimento, que Portugal deve continuar a apostar por forma a consolidar a trajetória de consolidação da economia portuguesa e de redução do desemprego que se tem vindo a verificar desde há cerca de 12 meses”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.
O Chefe de Estado participou na inauguração da adega e centro logístico da empresa Gran Cruz, um investimento de 16,5 milhões de euros no concelho de Alijó, no Douro vinhateiro.
No discurso, Cavaco Silva realçou o setor vitivinícola e fez questão de fazer um reconhecimento público do esforço que os “empresários e os trabalhadores” daquelas empresas têm feito por forma a “contribuir para a recuperação da economia”.
“Eles têm sido os verdadeiros motores da recuperação da economia portuguesa, primeiro através da expansão das exportações, mas mais recentemente começaram também a surgir sinais positivos no domínio do investimento”, salientou.
Satisfeito por regressar ao Douro, onde o “vinho conta” e é “uma marca”, o Presidente da República enalteceu o contributo da região para a “expansão das exportações de vinho”.
“Portugal é hoje um país que exporta anualmente mais de 700 milhões de euros de vinho e houve uma melhoria substancial da qualidade que se traduziu no aumento do preço médio”, frisou.
O que, para Cavaco Silva, mostra também, “claramente, como a região do Douro está a contribuir para que Portugal resolva parte dos seus problemas e, em particular, para que se afirme através da qualidade dos seus produtos em mercados muito exigentes”.
O Chefe de Estado fez ainda questão de enaltecer a “modernização do setor”, a nível das castas e adegas, o que tem “beneficiado muito as empresas que trabalham no setor, mas tem beneficiado em geral o país, contribuindo para a riqueza e criação de emprego”.
“Nós devemos sublinhar o que este setor tem feito nas décadas mais recentes. Pode-se dizer que, hoje, é um setor que, no país em geral, está relativamente bem. Já lá vai o tempo em que eu, como primeiro-ministro, ouvia imensas queixas dos agentes económicos do setor”, afirmou.
O empreendimento hoje inaugurado pela Gran Cruz integra duas adegas, uma de grandes volumes com capacidade para vinificar seis mil toneladas de uvas adquiridas a cerca de 3.200 viticultores dos concelhos de Alijó, Murça, Sabrosa, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor.
Depois, uma adega mais pequena, totalmente independente, para categorias especiais de vinhos do Porto e Douro e capacidade para cerca de 600 toneladas de uvas.
O centro logístico de armazenamento tem capacidade para 22 milhões de litros de vinho e aguardente. Com esta unidade, a Gran Cruz pretende concentrar num único local os “stocks” que estavam espalhados por vários locais da região.