Paulo Mota Pinto foi proposto para chairman (presidente não executivo) do BES pela família Espírito Santo. À agência Lusa, garante que renunciará ao mandato de deputado e à presidência do Conselho de Fiscalização das “secretas”, caso assuma a presidência do Conselho de Administração do BES.
“Confirmo que aceitei integrar, como presidente do Conselho de Administração, a lista para os órgãos sociais do BES – Banco Espírito Santo, que será votada na próxima Assembleia Geral. Trata-se naturalmente de uma proposta sujeita à decisão dos acionistas”, garantiu, acrescentando que, “caso seja eleito, quando iniciar essas funções [no BES], cessarei de imediato o exercício das funções públicas que venho exercendo”.
Mota Pinto, de 47 anos, é jurista, foi juiz do Tribunal Constitucional, e atualmente é deputado do PSD. É filho do fundador daquele partido, Carlos Alberto Mota Pinto. E foi mandatário da candidatura de Manuela Ferreira Leite à presidência do PSD.
Preside ainda ao Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações, desde março de 2013, e ao Conselho Fiscal da Zon Optimus, onde é também administrador não executivo, segundo a declaração de interesses entregue na Assembleia da República.
Rita Barosa e Isabel Almeida foram propostas pela família Espírito Santo administradores executivos no BES. São ambas altos quadros do BES. Rita Barosa foi também secretária de Estado da Administração Local de Passos Coelho.