A Honda Portugal vai recolher cerca de 5 mil viaturas, devido a um problema nos insufladores do ‘airbag’ do passageiro que levou a marca japonesa a chamar mais de dois milhões de veículos à revisão em todo o mundo.

O problema na peça afeta 5.300 viaturas em Portugal, segundo avançou à Lusa fonte do gabinete de comunicação e relações públicas da Honda Motor Europe Portugal, que adiantou que os clientes serão contactados para se dirigirem a um concessionário da marca que realizará, sem custos, a troca.

O construtor automóvel japonês Honda Motor anunciou hoje a chamada à revisão de mais de dois milhões de veículos em todo o mundo devido a um defeito no ‘airbag’.

“O fornecedor de ‘airbags’ (Takata) comunicou recentemente à Honda a existência de novos números de série de insufladores de airbag do passageiro com potencial avaria”, explicou à Lusa a mesma fonte da Honda.

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Desta forma, a marca decidiu, como ação preventiva, “realizar uma extensão à campanha de recolha de produto iniciada no ano passado para efetuar a substituição do insuflador do ‘airbag’ do passageiro de mais algumas unidades agora identificadas”.

O problema detetado é da mesma natureza daquele que obrigou a rival Toyota a ordenar, no início do mês, a recolha de um total de 2,27 milhões de viaturas em todo o mundo.

A chamada à revisão envolve veículos fabricados entre agosto de 2000 e dezembro de 2005.

Num documento submetido ao Ministério dos Transportes do Japão, a Honda informa que o defeito no sistema de ‘airbag’ é passível de originar um incêndio.

No entanto, a mesma fonte da Honda Portugal disse à Lusa que “não existe qualquer perigo de incêndio”, apesar de, na ocorrência de um choque frontal, poder “produzir-se uma pressão interna excessiva, o que poderá provocar uma rutura do insuflador e causar eventuais ferimentos nos ocupantes do veículo”.

Também os construtores automóveis Nissan e Mazda ordenaram hoje a retirada de milhares de veículos em todo o mundo, devido igualmente a um problema no ‘airbag’.

Contactada pela Lusa, a direção de comunicação da Nissan Portugal disse ainda não saber quantos veículos poderão ser afetados pelo problema, lembrando que se trata de uma repetição da chamada à revisão, depois daquela que aconteceu em 2013.

“Há dois fatores que temos de ter em conta para saber o número de veículos afetados, nomeadamente o facto de se tratar de automóveis cujo ano de construção é de entre 2001 a 2003 — o que os faz já serem antigos, podendo não estar já em circulação; e puderem já ter sido intervencionados na última campanha”, frisou fonte da Nissan.

A Lusa tentou também contactar a Mazda que, até ao momento, não respondeu.