O Metropolitano de Lisboa garantiu esta terça-feira que a segurança dos utentes e funcionários é a prioridade da empresa e negou a veracidade de notícias sobre a falta de um sistema de extinção de incêndios nos comboios.
“A segurança dos seus clientes e dos seus colaboradores é a principal prioridade da empresa”, afirma a empresa num comunicado hoje divulgado, sublinhando que as pessoas estão “permanentemente salvaguardadas”.
O Metropolitano de Lisboa reagia assim a uma notícia publicada no jornal i, que referem que a empresa está há quatro anos sem um dos sistemas de extinção de fogos, o chamado ‘sprinkler’. Segundo a notícia, desde 2010 que os dispositivos instalados no teto das carruagens e que soltam jatos de água em caso de temperaturas elevadas estão desativados e secos.
O jornal também avançou, há algumas semanas, que a empresa está há dois anos sem sistema de travões de emergência e refere hoje que a Procuradoria-Geral da República está a investigar as duas situações.
No final de maio, o diretor de manutenção do Metropolitano de Lisboa, Jorge Ferreira, garantiu à Lusa que é “totalmente seguro” circular nos comboios do metro, apesar da existência de um problema num dos sistemas de travagem.
“O Metro tem vários sistemas de travagem a funcionar. Detetámos um problema mecânico ao nível de um dos sistemas, mas é um sistema redundante e, por isso, permite, em condições totalmente seguras, a circulação do metro”, assegurou na altura Jorge Ferreira.
No comunicado hoje divulgado, o Metropolitano de Lisboa sublinha que a sua conduta “tem-se pautado pelo cumprimento de todas os normativos aplicáveis em torno das questões de segurança” e considera as notícias “falaciosas e injustificadamente alarmantes”.
No mesmo texto, o Metro garante ser “considerado um dos metros mais seguros a nível mundial” e diz disponibilizar “um nível de eficiência e segurança ímpares”.
Contactado pela Lusa, o responsável do Movimento dos Utentes do Metropolitano de Lisboa admitiu estar preocupado com a situação e adiantou que o movimento irá apresentar um protesto à empresa. “Vamos apresentar o nosso protesto junto da Provedoria Arbitral do Metro, porque o que está em causa é a segurança de quem anda de metro”, afirmou Aristides Teixeira, acrescentando que o caso “não é aceitável”.
“Tudo o que põe em causa a segurança dos passageiros é gravíssimo e, portanto, o Metro não pode ficar impune [e] a administração não pode passar só o tempo a fazer contas e a ter lucros, também tem de pensar na segurança de quem lhes paga os salários”, concluiu.