Dean Moriarty e Sal Paradise na América do pós-segunda guerra: cinquenta dólares no bolso, uma viagem sem rumo, jazz, liberdade e histórias de amor. O romance autobiográfico do escritor norte-americano Jack Kerouac é uma espécie de ode à libertação descrita em mais de 300 páginas. “Pela estrada fora” é um livro de 1957, que Walter Salles transformou num filme, em 2012, e que Paul Rogers quer agora transformar em desenhos.

A obra é o resultado da viagem de sete anos que levou o escritor a cruzar os EUA com Neal Cassady, numa viagem pela mítica estrada norte-americana Route 66, em plena década de 1940. Em 1951 ,Kerouac transformou a aventura em palavras e escreveu aquele que viria a ser considerado um dos clássico da literatura de viagens.

Consta que Kerouac escreveu a obra em três semanas ao longo de um rolo de papel, para não ter de mudar as folhas na máquina de escrever e, assim, poupar tempo. Foram 36 metros de “Pela Estrada Fora”, publicados seis anos depois, e que marcam o início da geração “beat” norte americana, um movimento contra-cultura que junta sexo, drogas, jazz, liberdade e literatura. E que levou John Lennon a chamar The Beatles à sua banda.

Depois de Walter Salles ter levado a viagem de Dean e Sal aos cinemas, com Sam Rilley a desempenhar o papel de Sal Paradise e Garrett Hedlund o de Dean Moriarty,em 2012, Paul Rogers lança agora a versão ilustrada do romance. Uma página, uma ilustração – para descrever os carros, autocarros, arquitectura e outras características dos EUA da década de 1940.

O trabalho do ilustrador de Pasadena’s Art Center College of Design está em progresso e pode ser acompanhado no site do autor, em cinco partes. Por baixo de cada imagem a preto e branco, uma passagem da obra, como se tivesse sido escrita à mão.

“Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas para viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira, mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas.” Jack Kerouac, em “Pela estrada fora”.

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