A Estradas de Portugal (EP) registou um resultado líquido positivo de três milhões de euros no primeiro semestre de 2014 para o qual contribuiu o incremento de receitas de portagens e Contribuição de Serviço Rodoviário (CSR). Apesar de positivo, este resultado representa uma quebra de 76% face ao registado no período homólogo de 2013, que foi de 14 milhões de euros.
A informação foi divulgada pelo presidente da EP, António Ramalho, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro semestre de 2014. De salientar que as receitas com portagens subiram 10% no semestre, para 119 milhões de euros, face aos 108 milhões de euros registados pela EP nos primeiros seis meses de 2013.
As receitas de CSR também subiram 4% no primeiro semestre deste ano, para 254 milhões de euros, acima dos 243 milhões de euros arrecadados pela empresa no período homólogo do ano passado. António Ramalho deu nota da redução da atividade (receitas e custos) de construção na ordem dos 69%, passando de 250 milhões de euros no primeiro semestre de 2013 para 79 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.
O presidente da EP destacou igualmente a redução da capitalização de encargos financeiros de 20 milhões de euros no período em destaque, com um impacto significativo no EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). O EBITDA registou, assim, uma quebra de 6% nos primeiros seis meses do ano, para 238 milhões de euros, face aos 252 milhões de euros correspondentes ao mesmo período do ano passado.
Fazendo uma antevisão do desempenho da EP no segundo semestre deste ano, António Ramalho disse estimar que se verifique um aumento da receita de CSR e “um crescimento marginal” das receitas de portagens. Prevê-se também a manutenção dos custos operacionais e ganhos de eficiência na conservação e manutenção e um aumento da construção própria (Túnel do Marão e IC16) e uma “contenção nas despesas” com concessões e subconcessões. O semestre será marcado pela fusão entre a EP e a Refer – Rede Ferroviária Nacional.
