O Vera World Fine Art Festival vai reunir 80 artistas portugueses e estrangeiros na Cordoaria Nacional, em Lisboa, entre 17 e 21 de setembro, de acordo a organização do certame, que o traz pela primeira vez a Portugal.

A organização anunciou esta semana que “por motivos de força maior” o certame começará na quarta-feira, dia 17 – com abertura ao público às 21h00 – em vez de terça-feira, dia 16, como estava previsto.

O festival é organizado pela Fundação World Without Borders (WWB) e pela Fundação Pública de Apoio à Cultura e ao Desenvolvimento da Arte Contemporânea de Moscovo, apresentando obras de pintura, escultura, artes aplicadas, instalação e design, fotografia, museologia e arquitetura.

Contactada pela agência Lusa, a curadora do evento, Margarida Prieto, declarou que o objetivo do festival “é trazer a Portugal uma exposição de grande valor e divulgar as artes plásticas. Dada a situação política mundial atual, que sirva também para estabelecer pontes culturais e estreitar os laços entre os povos”.

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Questionada sobre as expectativas desta primeira edição em Portugal, a curadora disse que o festival “já teve sete edições anteriores na Rússia e todas as obras foram vendidas”.

É intenção da organização que Portugal “seja incluído na rota do festival e que se repita nos próximos anos”, afirmou.

Destinado a artistas, galeristas, colecionadores, estudantes de arte e ao público em geral, o festival vai ocupar 3.750 metros quadrados da Cordoaria Nacional e terá um preço de entrada de cinco euros.

Além de Portugal, vão estar artistas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), da Rússia, Ucrânia, Israel, França, Alemanha, Azerbaijão, Turquia e Irão, entre outros.

Luís Noronha da Costa, Olga Santos, Luiz Leite, Teresa Martins, Luís Geraldes, Filomena Fonseca, Sandra Baía, Diogo Navarro, são alguns dos 25 artistas portugueses que participam no festival.

Ed Ribeiro, Claudia Lima, Nelson Cardoso e Ronaldo Grossmann são os artistas provenientes do Brasil, e AnNa Rocheta, Dila Moniz, Lino Damião e Marco Kabenda os artistas angolanos também com obras presentes no certame.

A curadoria do festival também está a cargo de Andrey Kiselev, presidente da Fundação World Without Borders, e Vera Kiseleva, presidente da Fundação Pública de Apoio à Cultura e ao Desenvolvimento da Arte Contemporânea de Moscovo.

De acordo com a organização, o festival terá uma área reservada aos artistas, outra para os patrocinadores, as galerias e para o programa complementar, que inclui palestras, conferências, ´masterclasses´ e mesas-redondas.

Também será realizado um leilão filantrópico cujas receitas vão reverter para o serviço pediátrico do Instituto Português de Oncologia.

O surgimento do Festival Internacional de Artes plásticas Vera está ligado ao Festival Internacional de Moscovo “Tradições e Modernidade”, que se realiza desde 2007, na capital russa.

Ao longo das sete edições, segundo os organizadores, o festival “Tradição e Modernidade” atraiu um total de 4.500 artistas de 40 países.

Em Lisboa vão estar obras de pintura, escultura, artes aplicadas, instalação e design, fotografia, museologia e arquitetura.

Também serão entregues, em oito categorias, os Prémios Vera World Fine Arts Awards, no Teatro da Trindade, em Lisboa.

A organização indicou ainda que o certame tem o apoio da Secretaria de Estado da Cultura e do Ministério da Educação e Ciência, de Portugal, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério da Cultura da Federação Russa, do Grupo Parlamentar das relações de amizade entre Portugal e a Rússia, da Marinha de Portugal, da embaixada da Rússia em Portugal e da Câmara Municipal de Lisboa.