Chama-se Madalena Alberto, tem 30 anos e é a protagonista de um musical que está a fazer um sucesso em Londres: “Evita”. Em declarações à Agência Lusa, no entanto, a portuguesa mantém a humildade. E muita prudência a possíveis portas que se venham a abrir no futuro.

“Tenho tido algumas propostas, mas não me quero precipitar”, disse a atriz e cantora de 30 anos.

Depois de duas digressões pelo Reino Unido, entre maio de 2013 e julho de 2014, o espetáculo está desde 16 de setembro no Dominion Theatre, uma das maiores salas do West End – o bairro onde se concentram os musicais. Significa que a digressão “foi um sucesso”, nas palavras da própria Madelena Alberto.

“As reações do público e das críticas foram tão boas que conseguimos assegurar este teatro enorme. É mesmo a cereja em cima do bolo!”, diz.

Escrito por Tim Rice e pelo compositor Andrew Lloyd-Webber, “Evita” estreou-se em 1978, foi reproduzido na Broadway, em Nova Iorque, e deu origem a um filme protagonizado por Madonna e Antonio Banderas. É um trabalho biográfico sobre Eva Péron, a atriz que se tornou a primeira-dama da Argentina quando o general Juan Domingo Perón foi eleito presidente. Evita, como era conhecida, morreu em 1952.

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A popularidade do espetaculo pô-la nas páginas dos jornais. E, na sua maioria, as críticas têm sido positivas, pelo menos enquanto ao seu desempenho. E à sua voz.

“Em Londres, os críticos são mais exigentes, porque este papel é bastante emblemático e ajudou a criar muitas estrelas de teatro musical, como Elaine Paige e Patti LuPone. Felizmente gostaram da forma como estou a interpretar o papel”, afirmou.

Esta é a sua estreia na imprensa nacional britânica, mas no currículo de Madalena Alberto, há 13 anos em Londres, há já participações noutros musicais como, “Os Miseráveis”, “Fame”, “Chicago”, “Zorro the Musical”, “Godspell” e “Jekyll and Hyde”.

“A exposição dada por Evita colocou o meu nome nos ‘media’ e fez as pessoas recordarem trabalhos anteriores. É um passo muito grande na minha carreira, mas não quero deitar fora o que tenho estado a construir. É uma fase promissora, mas também delicada”, confessa.

A atriz e cantora reconhece que, do lado de lá, sentados na plateia, já estiveram profissionais ligados à televisão e ao cinema. Possíveis caça talentos. Mas a sua concentração agora está focada no ritmo de oito espetáculos semanais. Até ao fim do mês. Depois disso, planeia viajar para Portugal e desenvolver um projeto pessoal que tem em cinema.

 “Uma pessoa tem de continuar a conquistar mais montanhas”, afirma.