“Todo o aluno é precioso”, deixou, esta tarde, claro o ministro da Educação, Nuno Crato, antes de referir que o Ministério da Educação vai ajudar os diretores das escolas com autonomia e de territórios de intervenção prioritária (TEIP) a encontrarem medidas para apoiar os alunos que têm estado sem aulas, devido aos erros cometidos na primeira bolsa de contratação de escola.
“Estivemos reunidos com os diretores destas escolas que estão em causa, estivemos a conversar sobre quais as medidas e verificámos que muitas dessas medidas estão já a ser tomadas. Dissemos-lhes: pensem aquilo em que vos podemos ajudar. Protocolos com escolas ao lado, ajuda em termos de apoio administrativo, o que podemos fazer por essas escolas?”, disse Nuno Crato, que está esta tarde a ser ouvido na Comissão de Educação.
Já na sexta-feira à noite o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, disse que a tutela iria “trabalhar com os diretores para que seja possível implementar o compromisso” já assumido. E esse compromisso é “garantir aulas de compensação para os alunos” que têm estado sem aulas a algumas disciplinas.
“Cada diretor irá apresentar as faltas que tiveram ao nível de professores para depois podermos agilizar esse mecanismo de compensação”, sublinhou o secretário de Estado que anunciou para esta semana reuniões com os diretores das escolas com autonomia e TEIP.
No decorrer dos erros cometidos na primeira bolsa de contratação original, mais de 400 professores tiveram de mudar de escola e cerca de duas dezenas ficaram mesmo no desemprego. Entretanto muitos alunos ficaram sem aulas pois os professores só agora começaram a chegar às escolas.
Crato convida PS a debater processo de colocações de docentes
Em relação aos erros na bolsa de contratação de escola, Nuno Crato reiterou que o Ministério está a trabalhar para resolver, de acordo com a lei, os problemas criados. Isto de um ponto de vista mais imediato. Para futuro será preciso iniciar um debate para discutir o modelo de colocações dos docentes, admitiu Crato, acrescentando que “seria muito interessante se pudéssemos ter um debate com o partido socialista sobre a autonomia das escolas e o processo de contratação de forma a evitar um conjunto de problemas”.