A temporada para 2015 foi hoje apresentada no CAM, em Lisboa, pela sua diretora, Isabel Carlos, que destacou a mostra “O Circulo Delaunay”, prevista para novembro de 2015 a fevereiro de 2016.

Os artistas franceses Sonia (de origem russa) e Robert Delaunay já tinham tido contacto com portugueses em Paris – como Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana e José Pacheko – antes de se refugiarem em Portugal, em 1915, durante a Grande Guerra de 1914-18.

De acordo com a diretora do CAM, esta exposição irá apresentar novas investigações sobre as relações dos Delaunay com os artistas portugueses, sobretudo Souza-Cardoso.

Isabel Carlos também destacou a exposição “Tensão e Liberdade”, que decorrerá entre junho e outubro do próximo ano, em resultado de um “encontro entre os acervos de três museus da Península Ibérica e assumirá diferentes formatos e escolhas” nesses espaços, que, além do CAM, serão o museu da Fundação la Caixa e o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA).

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Samuel Beckett, Ana Hatherly, Ângela Ferreira, Nuno Nunes Ferreira, Roni Horn, Vasco Araújo e Antoni Muntadas são alguns dos artistas que terão obras nestas exposições.

Na mesma altura, o CAM vai apresentar a primeira antológica de António Charrua (1925-2008), em Lisboa, onde serão documentados também os encontros que desenvolveu nos anos de 1950 e 1960, em Évora, com artistas de diversas gerações.

O “Pós-Pop” é o centro de outra exposição em destaque na temporada da Gulbenkian, em 2015, na arte moderna, apresentando obras praticamente desconhecidas de Teresa Magalhães, criadas entre 1967 e 1972.

Seguiu-se uma fase em que a artista abandonou a figuração a favor da abstração, em busca de maior liberdade de expressão artística.

Nesta mostra serão igualmente apresentadas obras britânicas deste período, que teve grande influência na arte no Reino Unido.

O CAM irá ainda apresentar uma exposição dedicada ao artista alemão Hein Semke (1899-1995), que se fixou em Portugal em 1932, depois de ter visitado o país, em 1929.

O irlandês Willie Doherty, com uma mostra de vídeo e fotografia, o pintor francês Bernard Frize e o escultor português Miguel Ângelo Rocha são os protagonistas de outras exposições do CAM em 2015.

Quinta-feira, o CAM inaugura um exposição sobre a obra António Dacosta (1914-1990), que vai ficar patente até 25 de janeiro de 2015, assinalando o centenário do nascimento do artista.

Em simultâneo, será disponibilizado o catálogo de toda a obra do pintor, com imagens e documentos de contextualização – o catálogo “raisonné” de António Dacosta -, que vai ser o primeiro do género a ficar “‘online’ em Portugal, e um dos poucos que existem no mundo”, segundo a diretora do CAM.