A empresa suíça nanoFLOWCELL desenvolveu um protótipo capaz de atingir os 380 quilómetros por hora, acelerar dos zero aos 100 em apenas 2,8 segundos e uma autonomia que pode chegar aos 600 quilómetros. Tudo isto, movido por um novo tipo de baterias que armazena energia numa solução de eletrólitos que se assemelha à água do mar. O resultado é surpreendente: chama-se Quant E-Sportlimousine.

Este protótipo foi apresentado no Salão Automóvel de Genebra no passado mês de março e já está autorizado a circular nas estradas europeias.

aqui falámos na tendência de futuro da tecnologia automóvel, ou em termos mais gerais, da locomoção de veículos. Mais tarde ou mais cedo, a indústria vai ter de abandonar os combustíveis fósseis e são cada vez mais as marcas que, a bem do consumo e do meio ambiente, apostam nos veículos elétricos — claro que pouco adianta se a energia usada para carregar essas baterias for obtida a partir de centrais a carvão.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Por um lado, a conversão dos carros usados no dia-a-dia em veículos elétricos é uma prioridade, porque estão entre os principais emissores de gases poluentes. Por outro, a fraca autonomia da maioria das baterias atuais ainda está longe de rivalizar com o sistema de combustão interna, porque demoram (ainda) muito tempo a carregar.

Por isso, e embora os pequenos utilitários possam ser o principal alvo da indústria, é nos automóveis desportivos que esta tecnologia se tem revelado mais interessante. Sempre foi assim. Os supercarros são um balão de ensaio decisivo, todos os avanços neles alcançados, mais tarde ou mais cedo, acabarão por chegar aos automóveis comuns.

A potência imediata disponível nos motores elétricos transforma estes novos automóveis em máquinas poderosas, capazes de acelerações fulgurantes. A norte-americana Tesla, por exemplo, está na linha da frente na produção de carros (e baterias) capazes de grande potência e cada vez maior autonomia. Mas a solução agora apresentada pela nanoFLOWCELL pode ser um passo em frente na revolução dos carros elétricos. E não é só pela extraordinária potência e autonomia.

A rapidez do reabastecimento é fundamental para o sucesso desta tecnologia. Ao invés de “ligar o carro à corrente”, estas novas baterias são recarregadas não com energia elétrica, mas pela troca do líquido que contêm, um processo de reabastecimento que, quando estiver otimizado, pouco se diferenciará do sistema utilizado nas bombas de combustível tradicional.