É difícil imaginar um filme de ficção científica nos últimos anos sem um ecrã LCD touchscreen. Minority Report, Iron Man, Missão Impossível, Os Vingadores, Avatar, Quantum of Solace, Os Jogos da Fome… a lista é grande. Enquanto no cinema uma equipa de efeitos especiais é responsável por criar este efeito, em Portugal surge um produto que promete transformar os ecrãs numa espécie de megatablet sensível ao toque.
Trata-se do Skin Ultra da empresa portuguesa EDIGMA. O produto foi lançado mundialmente no dia 17 de outubro, em Braga, quando foi apresentado a diversas marcas tecnológicas, como a Samsung, Panasonic e LG, e será testado primeiro em televisores. O princípio é simples: ao colar uma película própria por trás do vidro do televisor é possível interagir com o ecrã, a partir de movimentos semelhantes ao que usamos nos telemóveis.
“Esta tecnologia touchscreen permite que se conjuguem 100 toques em simultâneo, a uma velocidade de 5 milissegundos e vai estar disponível em 5 tamanhos diferentes – 40, 42, 47, 50 e 55 polegadas”, explica Miguel Fonseca, diretor executivo da EDIGMA em comunicado à imprensa.
Dois aspetos chamam a atenção no Skin Ultra: a experiência do utilizador e a velocidade de resposta. Devido à arquitetura eletrónica e ao software, a película permitirá que um televisor seja utilizado como um tablet e com uma velocidade três vezes maior que as atuais tecnologias touchscreen existentes no mercado.
Em janeiro de 2015, o produto será demonstrado na feira Consumer Electronics Show em Las Vegas. A empresa espera quadruplicar o volume de negócios através de parcerias com grandes marcas do audiovisual. De momento, não há previsão para a chegada ao mercado doméstico, mas tal como nos filmes de ficção científica, o touchscreen tornar-se-á cada vez mais banal.