“No início do próximo ano vamos construir um posto de GNV próximo de Elvas, com o objetivo de começarmos a operar durante o primeiro semestre”, explicou o presidente do grupo, Nuno Afonso Moreira.
Já o segundo semestre de 2015 será “para a internacionalização”, com os planos do grupo centrados na expansão para território espanhol. “O nosso plano é começarmos a pensar neste corredor que vai de Lisboa a Madrid, Barcelona e para França”, revelou.
Questionado sobre a necessidade de concorrer com outros operadores quando avançar para o mercado espanhol, Nuno Afonso Moreira mostrou não estar preocupado. “A concorrência não nos deixa adormecer. Se a concorrência for ativa, é porque o mercado é bom”, sublinhou.
A Dourogás Natural, empresa do grupo para este negócio, opera atualmente dois postos de abastecimento público de GNV, um em Mirandela e outro no Carregado – este último com inauguração agendada para hoje. O mercado principal são veículos pesados de transporte de mercadorias que utilizam este tipo de combustível, tanto sob a forma de gás natural comprimido como sob a forma de gás natural líquido.
Outros dois postos operados pela empresa são os da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) e da Carris, no Porto e em Lisboa, cuja exploração foi entregue à Dourogás Natural através de concursos realizados em 2013.
Nos planos de expansão da rede de GNV, estão ainda dois novos postos de abastecimento público no Porto e em Loures, que deverão acabar de ser construídos no final deste ano.
O Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), que atualmente é usado em cerca de 50 mil automóveis em Portugal, é diferente do GNV uma vez que tem origem na refinação do petróleo enquanto o gás natural tem origem no subsolo da Terra.
Segundo informação fornecida pela empresa, para comparar o preço de GPL com o GNV, é necessário multiplicar o preço do litro de GPL por 1,51 e comparar com o m3 de gás natural.
Apesar do GNV poder ser usado em qualquer tipo de veículo, devido à pequena quantidade de postos de abastecimento espalhados por Portugal, existem poucos veículos a utilizar este tipo de combustível, sendo mais comum em frotas que possuem o seu próprio sistema de abastecimento, como é o caso dos transportes públicos e transportes de mercadorias.
Os automóveis a GNV, segundo a empresa, possuem a vantagem de o combustível utilizado ser muito mais barato que a gasolina ou diesel. Nos casos em que se procede à adaptação para gás o investimento acaba por compensar a curto prazo.
