O presidente da IBM Portugal, António Raposo de Lima, anunciou nesta terça-feira que o Watson, um supercomputador de tratamento e validação de dados e de reconhecimento da linguagem natural, vai ter a versão em português. À margem da conferência sobre as cidades do futuro, o responsável explicou à agência Lusa que, na prática, o Watson “vai entender o português e poder comunicar com o ser humano em português”.

Raposo de Lima recordou haver outras línguas mais faladas no mundo, mas que o “português vem primeiro e não é por acaso”. “Terá certamente que ver com o ecossistema português, que é muito reconhecido na ‘corporation’ (empresa). Há outros países que falam a língua portuguesa e tem a ver com ‘roadmaps’ (caminhos) que são defendidos e aprovados”, argumentou.

Para o dirigente, esta escolha do português para o Watson, que processa os dados mais como um humano do que como um computador, deve ser um “orgulho”, ao ser reconhecido que a “língua portuguesa é um património absolutamente insubstituível”. Acrescentou ser um projeto que vai tendo os seus desenvolvimentos e que nos “próximos meses” já se pode anunciar alguma novidade, nomeadamente num setor.

Com início na área da medicina, o Watson funciona depois de o utilizador teclar o gostaria de saber e a ferramenta cria depois resultados que explicam o porquê de determinadas coisas acontecerem e o que provavelmente irá ocorrer. “Esta informação é disponibilizada na terminologia que se utiliza normalmente no mundo empresarial, permitindo aos profissionais interagir com os resultados e colocar novas perguntas”, segundo informação da IBM.

A popularização do computador aconteceu quando a máquina derrotou os humanos num jogo de perguntas e respostas da televisão norte-americana, o Jeopardy.

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