Os soutos de castanheiros foram afetados pelas temperaturas amenas e precipitações fortes deste verão, que favoreceram o aparecimento de pragas e doenças, o mesmo acontecendo com o olival, cuja produtividade deve diminuir 15%.
Os castanheiros foram atacados por septoriose, um fungo normalmente pouco ativo, mas que encontrou condições meteorológicas favoráveis, desenvolvendo-se com intensidade nas zonas de maior altitude e mais frias, havendo registo de castanha bichada nalgumas zonas.
O olival foi prejudicado por ataques de gafa (uma doença que torna as azeitonas engelhadas) e mosca de oliveira, que se refletem na produção de muito azeite com acidez superior a 1%, “com evidentes prejuízos na qualidade e valorização do produto.
Deverão registar-se ainda reduções na produção de kiwi (-15%, devido a problemas fitossanitários e fisiológicos), vitivinícola (-10%, com as chuvas a afetarem a qualidade dos mostos) e na maçã (-5% face a 2013, que tinha sido o melhor ano da última década).
Mais otimistas são as previsões para a pera, que deve aumentar a produção em 5%, atingindo 212 mil toneladas, o segundo maior valor das últimas três décadas.
Os prejuízos no tomate de indústria foram minimizados pela intensificação dos trabalhos de colheita na última semana de setembro e primeira de outubro, permitindo um aumento de 20% na produção, mas apenas devido à expansão da área.
No arroz, cerca de um terço da área ainda está por colher, estimando-se um decréscimo da produção para 162 mil toneladas (-10% do que em 2013).
No caso do milho, a produção deve ser semelhante à campanha anterior, mas a rentabilidade deve diminuir, acompanhando a descida do preço desta matéria-prima (‘commodity’) nos mercados internacionais.
Para a amêndoa, a produção estimada é de 8 mil toneladas que, “embora próxima da média alcançada nas últimas campanhas, espelha a situação de envelhecimento e degradação de muitos de muitos amendoais”.