“Até ao momento ainda não recebemos nada, mas vamos abrir um inquérito se a queixa chegar”, afirmou, em declarações à Lusa, Mário Ferreira. Segundo o responsável pela central de táxis, na sequência da abertura do inquérito, o motorista poderá ser suspenso ou expulso das comunicações via rádio, mas “tudo depende do que tiver para contar”.

Em causa estarão agressões violentas de um taxista a uma jovem de 28 anos, que alega terem ocorrido pelo facto de ter beijado na boca uma amiga antes de entrar no táxi, na praça da República, no Porto.

Sara Vasconcelos anunciou hoje ter já enviado a queixa à Raditáxis, na qual solicita a identificação imediata do agressor e de dois outros motoristas de táxis que terão testemunhado as agressões, o envio da identificação destes à justiça, bem como a expulsão imediata do agressor da central de táxis.

Mário Ferreira salientou que a central de táxis não é a entidade patronal do taxista em causa, não sendo sua competência identificá-lo a quem quer que seja.

“Caso a justiça nos peça alguma coisa, o que podemos fazer é identificar o nosso associado, não o motorista”, frisou, acrescentando que o taxista em causa atualmente “está incontactável”.

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Na queixa apresentada à Raditaxis, Sara Vasconcelos adianta que se “não tiver uma resposta cabal ao solicitado até sexta-feira”, será feita uma “concentração de protesto” junto à central para exigir esclarecimentos sobre o que a administração pretende fazer relativamente a este caso.

Mário Ferreira destacou que este “é um caso de polícia” e que, depois de aberto o inquérito, provavelmente o taxista só poderá ser ouvido no dia 27.

Sara Vasconcelos afirma que, após ter recebido assistência médica no Hospital de Santo António, dirigiu-se a uma esquadra da PSP, onde apresentou uma queixa.

Para a queixosa, a situação configura “pelo menos dois crimes”, designadamente um crime de ofensas corporais, “motivado pelo ódio e cometido pelo taxista”, e o crime de “omissão de auxílio, cometido pelos ouros dois taxistas que não acudiram” à situação.