A exposição, inaugurada em outubro do ano passado, esteve patente durante cerca de três meses naquele museu com 141 peças de tapeçaria, pintura, armaria, escultura, mobiliário e arte sacra que nunca tinham sido exibidas em Portugal.

Na pintura, destacaram-se obras de grandes mestres como como Goya, Caravaggio e Velázquez, selecionadas entre os tesouros reais de Espanha, e reveladoras dos gostos da monarquia do país, que as adquiriu ao longo dos séculos.

Entre as peças estava apenas uma de Portugal, usada para completar a narrativa de um dos núcleos da exposição: um retrato a óleo sobre madeira de D. Isabel de Portugal, pintado por Joos van Cleve, no século XVI, cedido pelo Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

Com curadoria da responsabilidade do diretor do Museu Gulbenkian, João Castel-Branco Pereira – última exposição que comissariou – de Pilar García e Álvaro del Campo, a mostra foi criada privilegiando os acontecimentos históricos de Espanha partilhados com Portugal, ao longo de 350 anos.

Através das 141 peças percorria-se um período de tempo que vai de Isabel, a Católica, rainha de Castela e Leão, e ainda de Aragão pelo casamento com Fernando II, em 1469, até à portuguesa Isabel de Bragança, rainha de Espanha por casamento com Fernando VII.

A Isabel de Bragança (1797-1818), apreciadora das artes, deve-se a fundação do Museu do Prado, em Madrid, um dos mais visitados do mundo.

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