As desigualdades entre os géneros que preenchem os conselhos de administração das grandes empresas é conhecida: a maioria dos cargos de gestão de topo é ocupado por homens. De acordo com o estudo Catalyst Census, de 2013, as mulheres ocupavam 17,6% dos cargos de topo ligados às finanças, no universo das 500 maiores empresas do mundo do ranking da Fortune. Já em Portugal, há apenas 9,7% de mulheres nos conselhos de administração das principais empresas do setor privado.

Mas não ligar o universo feminino ao dinheiro pode ser um erro. De acordo com um estudo promovido pelo Barclays, citado no Business Insider, as mulheres podem tomar melhores decisões de investimento do que os homens. A culpa é da confiança masculina, que é em demasia e que leva os homens a tomarem decisões de investimento mais pobres e níveis de retorno mais reduzidos.

São cinco as características que tornam as mulheres melhores investidoras do que os homens. A primeira passa pela frequência, a segunda pela estratégia, a terceira pelo risco, a quarta pelo autocontrolo e a quinta pelo mercado.

1. As mulheres transacionam menos frequentemente do que os homens, o que faz com que paguem menos taxas e comissões (que corrompem os retornos e afetam a estratégia de investimento). Por isso, é provável que as mulheres tomem decisões mais baseadas no longo prazo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

2. As mulheres estão mais predispostas a utilizar estratégias que já deram provas de que funcionam, evitando erros. Quando confrontados com decisões financeiras difíceis, as “falhas de racionalidade” levam os homens a afastarem-se daquelas que são as estratégias financeiras já comprovadas. Resultado: perda de oportunidades ou decisões que têm horizontes financeiros no curto prazo.

3. As mulheres escolhem investimentos com risco mais baixo. Os homens, por outro lado, consideram que têm um comportamento mais propício ao risco e tendem a tomar decisões mais arriscadas para obter retornos mais elevados. As mulheres não. Por terem um comportamento mais regular, também obtêm retornos mais estáveis.

4. As mulheres são mais disciplinadas e têm um desejo maior de autocontrolo. O estudo concluiu que a utilização de estratégias que já tinham dado provas de terem funcionado conduzia a uma maior satisfação financeira. Deste tipo de indivíduos, a maior fatia eram mulheres, que também possuíam um grau elevado de disciplina financeira.

5. As mulheres não reagem tanto às oscilações de mercado como os homens, porque são mais autocontroladas. Desta forma, não têm tantas oscilações nas rentabilidades.