O presidente da Câmara de Gaia alertou esta terça-feira para a situação “insuportável” de contínua destruição de estruturas na zona costeira por causa do mau tempo e defendeu a realização de obras mais estruturadas e “pesadas financeiramente”. “É precisa uma atenção redobrada a esta zona do litoral porque a situação começa a ser insuportável. Nós fazemos obra, vem um temporal e destrói, fazemos outra vez e destrói outra vez”, assinalou Eduardo Vítor Rodrigues lembrando que, após as intempéries de 2014, a câmara investiu cerca de 700 mil euros em passadiços já danificados.

Perante as “condições meteorológicas adversas” verificadas, e que se preveem continuar nos próximos dias, a autarquia colocou equipas no terreno para vigiar as praias e os equipamentos em “situação mais difícil” porque “têm pouquíssima areia”, especialmente nas zonas de Canide, Madalena e Francelos.

Para o autarca, a contínua destruição de estruturas por causa da forte agitação marítima obriga a que se veja a “preocupante” situação de “uma forma mais estruturada e, se necessário for, com obras mais estruturadas porque não vai lá com remendos”. “Precisamos de tomar medidas preventivas em termos de obra dura, mais forte, pesada financeiramente”, realçou o autarca que falava à margem de visitas a escolas da freguesia de Pedroso realizadas no âmbito do ciclo de presidências abertas que está a promover.

Eduardo Vítor Rodrigues lembrou ter convocado o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e todos os concessionários de estabelecimentos e apoios de praia para uma reunião de trabalho no próximo dia 4 de março de onde deverá sair um documento com propostas para apresentar à tutela. Deverá também constar o relatório sobre “as medidas preventivas mais urgentes” assinaladas pela equipa técnica da câmara que está também a preparar “um outro documento técnico para servir de contributo para a discussão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira”.

“Com o primeiro documento conseguimos listar o conjunto de equipamentos e intervenções que podemos rapidamente candidatar ao novo quadro. Vai haver dinheiro para a costa, mas o que queremos é que seja dinheiro bem gasto para que não andemos todos os anos a fazer a mesma coisa”, destacou.

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