O tribunal italiano que equivale ao Supremo Tribunal de Justiça português confirmou a sentença de julho de 2014 e absolveu o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi das acusações de abuso de poder e incitação à prostituição de menores.

Silvio Berlusconi tinha argumentado que os crimes de que o acusavam eram produto de uma “caça às bruxas” contra ele, levada a cabo por magistrados com motivações políticas, conta o Wall Street Journal.

Na primeira sentença, em junho de 2013, Berlusconi foi condenado a sete anos de prisão. Mas um ano depois, após ter apresentado recurso, foi absolvido. Em causa estavam as acusações que envolviam o pagamento a uma dançarina de 17 anos, Karima El-Mahroug (conhecida por “Ruby), em troca de relações sexuais, e por abuso de poder.

Quando “Ruby” foi detida em 2010, por roubo, Berlusconi era primeiro-ministro e foi acusado de ter pressionado a polícia a libertar a dançarina. Na altura, o juiz do Tribunal de Milão, responsável por julgar o recurso, considerou que a acusação de abuso de poder não tinha fundamento e que a de incitação à prostituição não constituía um delito.

Desde que entrou para a política, em 1994, Berlusconi já passou por, pelo menos, duas dúzias de processos. Só foi condenado por um, em agosto de 2013, com uma pena de quatro anos de prisão por evasão fiscal e que foi reduzida, depois, para um ano em serviço comunitário.

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