A chefe de missão da ONU no Nepal, Valerie Amos, encontrou-se no sábado com o primeiro-ministro nepalês e pediu-lhe que as autoridades facilitassem a entrada de ajuda humanitária no país, nomeadamente comida e tendas, de modo a alojar as mais de 600 mil pessoas que ficaram desalojadas. O Governo nepalês fechou entretanto o aeroporto à entrada de aviões grandes com medo que a pista – única pista para aviação comercial no país -, pudesse ficar danificada.

“Só temos uma pista. Se alguma coisa correr mal com esta pista, tudo está perdido”, defendeu o ministro da Administração Interna do Nepal. As autoridades nepalesas refutam as alegações da ONU e de vários organizações internacionais que alegam que a quantidade de burocracia necessária está a atrasar a entrega de mantimentos a quem mais precisa. “Não estamos a impedir a chegada de ajuda genuína e de materiais aos nossos aeroportos”, acrescentou ainda o ministro.

No entanto, várias organizações internacionais dizem que as suas cargas estão a ser taxadas. O Washington Post relata as dificuldades de dois médicos alemães em resgatarem uma carga com utensílios médicos, vitais para ajudar os sobreviventes. Os médicos tiveram de pagar uma taxa e a sua carga não foi encontrada, no meio de todos os mantimentos retidos no aeroporto.

A ONU estima de 500 mil casas ficaram destruídas e que 90% das casas do vale de Katmandu estão impróprias para voltarem a ser habitadas.

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