A TAP prepara-se para cancelar algumas das rotas criadas em 2014 e suspender algumas ligações que já iriam desaparecer durante a época alta, tais como os voos recém-criados para Tallinn e São Petersburgo. Estas medidas, que levarão ao emagrecimento da estrutura de pessoal e a menores despesas com trabalho extraordinário, constam do plano que a administração da TAP entregou esta segunda-feira para compensar a quebra de receitas relacionada com a greve de maio.
Segundo o Público, os 35 milhões de euros que o governo estima terem sido perdidos com a greve do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) vão levar a uma reprogramação profunda das rotas. Para os trabalhadores, ainda que o acordo atingido em dezembro entre o governo e oito sindicatos proíba despedimentos coletivos durante 30 meses, essa reprogramação levará a menores rendimentos complementares, como horas extraordinárias.
O que não está descartado, contudo, é que exista um programa de rescisões por mútuo acordo ou uma aceleração do programa de reformas antecipadas. A TAP tentará conservar tesouraria, também, com a dilatação dos prazos de pagamento a fornecedores. Segundo o jornal, chegou a ponderar-se o adiamento da entrega dos 12 aviões A350 cuja entrega está agendada para entre 2017 e 2019 mas a TAP já está a fazer pagamentos crescentes à Airbus. São aviões que permitirão à TAP chegar à China e realizar uma poupança a rondar os 25% nos custos com combustível.
No que diz respeito à privatização, começam quarta-feira as reuniões entre o governo e os dois investidores interessados – David Neeleman e Gérman Efromovich.