No próximo domingo, dia 14 de junho, celebra-se o Dia Mundial do Dador. Para assinalar a data, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou esta quinta-feira uma nova campanha de sensibilização onde lembra a importância de doar sangue: é que uma dádiva pode salvar três vidas.

Isto porque, quando uma unidade de sangue total (obtida na dádiva) é processada em laboratório, ela é dividida em três componentes: concentrado eritrocitário (glóbulos vermelhos), plaquetário (plaquetas) e plasma (a parte líquida do sangue, que contêm proteínas responsáveis, por exemplo, pela coagulação). E de facto, há pessoas que só precisam de receber transfusões de um destes componentes, daí que se fale em “um dádiva”, três componentes, três vidas.

Em março, Hélder Trindade, presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), apontou para a necessidade urgente de haver novos dadores e dadores mais jovens. Em declarações à Agência Lusa, Hélder Trindade reconheceu na altura que “Portugal está numa fase de perda dos dadores de sangue” e explicou porquê: “Perda por envelhecimento da população, porque há uma forte tendência de emigração de pessoas ainda jovens e muitos dadores certamente integrados nesse contingente. Perda porque as empresas fecham mais as portas para que se possa colher sangue ou mais dificuldade em libertar o trabalhador para dar sangue”.

Já antes, em fevereiro, o IPST foi obrigado a lançar um apelo público à dádiva de sangue, depois de um surto de gripe – relativamente normal naquele período do ano – ter feito temer o pior.

No ano passado, registou-se uma decida em relação ao número de colheitas de sangue, mas 2014 acabou por se passar com níveis seguros, exceção feita aos períodos críticos de fevereiro e do verão.

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