A exposição “Narrativa de uma Coleção – Arte Portuguesa na Coleção da Secretaria de Estado da Cultura (1960-1990)”, com 70 obras de artistas portugueses, é inaugurada hoje, no Museu do Chiado, em Lisboa, em instalações que foram do Governo Civil.

A exposição marca a abertura de uma primeira fase do projeto de ampliação do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (MNAC-MC), que prevê a atribuição total de mais 3.300 metros quadrados.

Com inauguração prevista para as 18h30, a exposição ficou envolta em polémica depois de o curador David Santos, há ano e meio diretor do Museu do Chiado, ter entrado em rutura com a tutela, depois de ter sido revogado um despacho que afetava a chamada Coleção SEC à Direção-Geral do Património Cultural, prevendo a “incorporação” da Coleção SEC no Museu do Chiado, “salvaguardando acordos entretanto celebrados”.

Para a mesma hora e local foi marcada, por um grupo de artistas e agentes do setor, uma concentração popular contra a atual política cultural e de repúdio do processo, que levou à demissão de David Santos.

Na última semana foram levantadas várias questões, que diferentes agentes do setor consideram ainda não totalmente esclarecidas, sobre a titularidade da coleção – inicialmente nas mãos da Direção-Geral das Artes e, desde fevereiro do ano passado, na Direção-Geral do Património Cultural, tendo voltado às Artes, por revogação desse despacho – e também sobre os acordos assinados com várias entidades que detêm o depósito de diferentes peças, a maioria – cerca de 550 – no museu da Fundação de Serralves.

A ampliação do Museu do Chiado, ambicionada há mais de duas décadas pelos sucessivos diretores que geriram este importante espaço museológico, concretizou-se na assinatura, em fevereiro deste ano, de um protocolo entre a Secretaria de Estado da Cultura, o Ministério da Administração Interna (MAI) e o Ministério das Finanças, para cedência de parte do Convento de São Francisco.

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