A segunda volta das eleições para a direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) arranca na segunda-feira, depois de nenhum dos três candidatos ter obtido mais de metade dos votos como exigem os estatutos.

Os pilotos terão que escolher entre a lista F, liderada por Carlos Damásio, que obteve 46% dos votos, e a lista A, encabeçada por David Paes, que recolheu 40% dos 717 votos considerados válidos, de um total de 746.

De acordo com o Artigo 73.º dos Estatutos, não tendo qualquer lista obtido mais de metade dos votos validamente expressos, não se considerando como tal os votos em branco ou nulos, terá lugar uma segunda volta com as duas listas mais votadas, que se prolonga até sexta-feira, dia em que os resultados serão apurados.

No total, na primeira volta, houve 746 votos apurados, dos quais 717 validamente expressos.

Estas eleições foram convocadas na sequência da renúncia do presidente do SPAC, Manuel Santos Cardoso, eleito em outubro de 2014 para um mandato de dois anos, pouco depois da greve entre 01 e 10 de maio ter dividido a classe.

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Em carta então enviada aos associados do SPAC , Santos Cardoso disse que os motivos da renúncia “pouco importam” e garantiu que nos cerca de seis meses em que liderou o SPAC deu o seu melhor, “em condições bastante adversas, (…) sem ceder a pressões externas, nem a interesses particulares”.

Ao longo da sua presidência, a única vez que Santos Cardoso apareceu publicamente foi em entrevista à agência Lusa, na semana que antecedeu a greve de dez dias, para defender as razões dos pilotos.

A greve de dez dias acabou por ter um impacto aquém do antecipado pelo SPAC, tendo-se realizado cerca de 70% da operação da TAP nos dias da paralisação.