Mário Machado, fundador do grupo de skinheads Hammerskins, já não vai sair em liberdade condicional. De acordo com o Diário de Notícias, o ex-dirigente da Frente Nacional, está a ser acusado de extorsão, na forma tentada, um crime que terá cometido a partir da prisão.

Machado, atualmente a cumprir uma pena de dez anos na cadeia de Alcoentre, tentou chantagear um antigo cúmplice, Bruno Monteiro, e a sua mulher, ameaçando-os que os denunciaria às autoridades por alegado tráfico de droga. Monteiro foi condenado em 2007 juntamente com o antigo líder da Frente Nacional, na sequência de uma investigação contra grupos de extrema-direita. O antigo cúmplice esteve também envolvido num outro processo, de sequestro, roubo e coação, pelo qual Machado está a cumprir pena. Contudo, foi absolvido de todas as acusações.

Mário Machado avançou com um pedido de liberdade condicional no final do ano passado. Na altura, em declarações à revista Sábado, o seu advogado disse acreditar que o skinhead seria libertado, uma vez que já tinha cumprido mais de metade da pena. “Já foi ouvido pelo Instituto de Reinserção Social e sê-lo-á pelo conselho técnico da cadeia. Espera-se que os relatórios sejam positivos até porque já teve três saídas precárias”, disse então à Sábado José Manuel Castro. Na altura, Machado já estava a ser investigado e, desde então, nunca mais foi autorizado a gozar saídas precárias.

Mário Machado está há cerca de um ano a tentar promover a criação de um novo partido, o Nova Ordem Social (NOS), uma estrutura “nacionalista e patriótica”. “Encontramo-nos a maio caminho entre a extrema-direita e a extrema-esquerda, por detrás do Presidente e de costas para a Assembleia da República”, refere a página de Facebook do NOS.

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