As autoridades australianas manifestaram-se hoje confiantes de que as operações de busca pelo voo MH370 decorrem “no lugar certo” e que o avião da Malaysia Airlines, desaparecido há mais de um ano, vai ser encontrado.
Os destroços, parte de uma asa, descobertos há uma semana na ilha francesa Reunião, no Oceano Pacífico, “parecem indicar que o avião realmente se despenhou, mais ou menos, na área onde pensamos, sugerindo, pela primeira vez, que estamos um pouco mais perto de resolver este desconcertante mistério”, afirmou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
A Malásia confirmou, esta quarta-feira, que os detritos encontrados há uma semana pertencem ao voo MH370, o que confirma o despenho da aeronave desaparecida há 17 meses.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, acrescentou que as autoridades australianas vão continuar a desempenhar um papel de liderança, e que a descoberta serviu como uma prova que vai ajudar a localizar, de forma mais exata, a área onde caiu.
“Espero que esta descoberta nos permita encontrar o avião mais cedo ou mais tarde”, disse a chefe da diplomacia australiana aos jornalistas em Kuala Lumpur.
A descoberta na ilha Reunião “é consistente com o trabalho que estamos a fazer, pelo que temos confiança de que estamos a procurar na zona certa e que o avião será encontrado ali”, afirmou, por seu lado, o comissário-chefe do Departamento de Segurança dos Transportes da Austrália, Martin Dolan, à rádio ABC.
Ressalvou, contudo, ser “muito cedo” para dizer o que aconteceu.
A Austrália tem liderado as operações de busca pelo avião, que desapareceu quando estabelecia a rota entre Kuala Lumpur e Pequim, com 239 pessoas a bordo, em março do ano passado.
Nenhuma pista foi encontrada até à descoberta dos destroços na ilha francesa.
As operações traduziram-se no rastreio, até ao momento, de uma área de 50.000 dos 120.000 quilómetros do perímetro marítimo delineado no sul do Oceano Índico, onde especialistas calculam que se tenha despenhado o avião com base na análise de dados de satélite.