Fernando Santos lembrou que a seleção portuguesa de futebol “ainda não está na fase final” do Euro2016 e para isso terá que fazer na quinta-feira um “grande jogo” frente a uma “muito poderosa” Dinamarca, no grupo I.

Em conferência de imprensa de antevisão do encontro que vai decorrer em Braga, o selecionador luso assumiu que Portugal, por estar a jogar em casa, tem ligeiro favoritismo no duelo com os nórdicos e rejeitou adotar qualquer atitude mais defensiva, num jogo em que necessita apenas de um empate para garantir a qualificação direta para o Europeu do próximo ano.

“Algumas das vitórias que conseguimos nos momentos finais foram fruto da ambição de ganhar da nossa equipa. Se quiséssemos empatar, não teriam acontecido. Ainda não estamos lá (Euro2016) e temos que conquistar os pontos necessários para lá estar. Temos que jogar com a vontade de ganhar o jogo. Se não fizermos, corremos sérios riscos de não alcançar já a qualificação”, afirmou Fernando Santos.

Além do apuramento, o técnico português relembrou que tem também o desejo de garantir o primeiro lugar do grupo I, objetivo esse que foi assumido quando foi apresentado no cargo de selecionador, há pouco mais de um ano.

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“Foi especial para mim, quando estava na Grécia, apurar essa seleção para o Campeonato da Europa e depois para o Campeonato do Mundo. Com Portugal ainda é mais especial, é o meu país”, disse o treinador de 60 anos.

Fernando Santos considerou que Portugal está “mais forte” do que há um mês quando defrontou a Albânia, sobretudo porque os jogadores já têm “mais jogos nas pernas” nesta temporada, e mostrou-se esperançado em nova boa exibição de Cristiano Ronaldo, que leva cinco golos na fase de qualificação.

“O que ele sabe fazer bem é golos, seja na esquerda, na direita, no meio. Espero que faça golos amanhã (quinta-feira)”, afirmou o selecionador português, quando questionado pelo imprensa dinamarquesa sobre em que posição irá jogar o capitão luso.

Certo é que Portugal, como tem sido hábito em todos os jogos desde que Fernando Santos assumiu o comando, vai atuar sem ponta de lança e com um ataque formado por “três avançados móveis”, que normalmente têm sido Ronaldo, Nani e Danny.

“É isso que pretendemos. Não pensamos que seja a melhor solução ter dois extremos clássicos e um ponta de lança”, explicou.

Com Vieirinha lesionado, a principal dúvida na formação das ‘quinas’ recaí em que vai assumir o lado direito da defesa, com Cedric e o estreante Nélson Semedo a serem os principais candidatos.

“O Semedo é a primeira vez que aqui está e dá-me todas as garantias. Se não desse, não o teria chamado. Basta olhar para aquilo que tem feito e dá para ver que está preparado para jogar em qualquer palco”, considerou Fernando Santos.

O selecionador luso desvalorizou ainda os poucos golos que Portugal tem marcado no grupo I, em que as cincos vitórias foram todas pela margem mínima, incluindo três jogos por 1-0.

“Preocupava-se se não tivéssemos cinco vitórias, isso sim. Se gostava de ter mais golos, gostava. Mas o que conta nestas coisas é ganhar. Para ganhar é preciso jogar bem e Portugal tem jogado bem”, concluiu.

A seleção portuguesa está a um ponto de garantir o apuramento para o Euro2016, que poderá conseguir já na receção à Dinamarca. Três dias depois, desloca-se a Belgrado para defrontar a Sérvia, naquele que será o seu último jogo no grupo I.

Portugal lidera o agrupamento com 15 pontos, mais três do que a Dinamarca, segundo classificado, e mais quatro do que a Albânia, terceiro.

O Portugal-Dinamarca, que tem início marcado para as 19:45, vai ser arbitrado pelo inglês Mark Clattenburg.