O Google assinala esta terça-feira a descoberta de Lucy, um esqueleto encontrado há 41 anos na Etiópia e que ajudou os cientistas a compreender a evolução dos seres humanos. Foi assim possível identificar uma nova espécie, crismada de Australopithecus afarensis, e reconstituir um dos elos perdidos na cadeia que levou até ao aparecimento da nossa própria espécie, Homo sapiens.
Cerca de 40% do esqueleto foi encontrado intacto, uma situação rara, já que na maioria das vezes os fósseis estão incompletos ou danificados.
O doodle especial mostra a evolução do bipedalismo, numa versão simplificada da Marcha do Progresso, a ilustração comum da evolução humana.
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A descoberta de Lucy foi uma das mais importantes até hoje e que marcou a história da arqueologia. O esqueleto de Lucy foi datado como sendo de uma fêmea que viveu há 3,2 milhões de anos, distinguindo-se por ser um dos mais antigos primatas bípedes, que se revelou como uma etapa importante entre os primatas que ainda utilizam os quatro membros para se deslocar e o Homo sapiens, segundo o The Telegraph. O The Independent reuniu cinco coisas que não sabemos sobre aquela que é uma das primeiras ancestrais da humanidade.
Lucy foi batizada depois da canção dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds”
O paleontropólogo Donald Johanson, um dos responsáveis pela descoberta histórica, conta que no dia em que o esqueleto foi encontrado estava a tocar na rádio do acampamento a música dos Beatles “Lucy in The Sky with Diamonds”.
Depois de analisar a estrutura pélvica, Donald Johanson não teve dúvidas. Tratava-se de uma mulher e então decidiu que o esqueleto se deveria chamar Lucy. “De repente ela tornou-se numa pessoa”, disse à BBC.
Lucy caminhava ereta
Uma das coisas mais importantes sobre Lucy era a maneira como esta caminhava. Depois de serem estudados os ossos, em especial a estrutura do joelho e a curvatura da coluna, os cientistas descobriram que Lucy caminhava a maioria do tempo sobre as duas pernas, ou seja, que se orientava essencialmente na vertical, como os seres humanos.
Ninguém sabe como é que ela morreu
Existem poucas pistas sobre como Lucy morreu. Havia poucas marcas de dentadas no seu esqueleto, o que sugere que ela não foi morta por outros animais. Foi encontrada uma marca de dentes carnívoros, mas não se sabe se isso aconteceu antes ou depois de morrer.
Ela era bastante pequena
Embora Lucy caminhasse ereta e tivesse uma estrutura semelhante à do ser humano, a verdade é que ela era muito pequena, com cerca de 1,10 metros de altura e com um peso de 29 quilos.
Lucy vive atualmente na Etiópia
O esqueleto de Lucy está relativamente perto do sítio onde foi encontrada. Está guardado num cofre, no Museu Nacional da Etiópia em Addis Ababa, sendo que existe uma réplica em gesso que está disponível para ser vista pelo público. O The Independent conta que existem vários moldes de gesso espalhados ao redor do mundo.
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President Obama meets Lucy, the 3.2 million-year-old Australopithecus afaresis http://t.co/lOEQxmnzmr via @mashable pic.twitter.com/GF930ZU0wd
— PaleoAnthropology+ (@Qafzeh) July 27, 2015