Um inquérito online, feito a 6012 homens europeus pelo site de encontros extraconjugais Gleeden.com, revelou uma ligação entre a infidelidade masculina e o dinheiro: “A maioria dos inquiridos”, revela o site, “indicaram ter uma remuneração mensal superior a 5 mil euros”. E 88% destes disseram mesmo “acreditar que há, de facto, uma ligação entre o seu salário e a sua infidelidade” – só 12% (quase um em cada dez utilizadores do site) defenderam não encontrar nenhuma relação entre os seus salários e as suas aventuras extraconjugais.

Para além dos rendimentos, quase um terço (32%) dos inquiridos acrescentaram ainda que a sua infidelidade é uma forma de contornar “o impacto de um dia de trabalho exigente”. E 22% dos mais de 6 mil homens que participaram no inquérito apontaram como principal razão para se envolverem em aventuras amorosas as suas “viagens de negócios frequentes”.

A responsável pelo departamento de imprensa e comunicação do site, Solène Paillet, afirma que “este inquérito”, feito entre os dias 19 e 26 de outubro de 2015, “mostra que há mesmo uma relação entre o salário de uma pessoa e a infidelidade”. E acrescenta que o site “parece ser, para os homens, uma boa forma de fugirem à sua preenchida rotina diária”.

Este ano, um estudo feito pela socióloga Christin Munsch, uma investigadora da Universidade do Connecticut (Estados Unidos), concluía que quando os homens ganham significativamente mais (ou significativamente menos) que as parceiras, a probabilidade de serem infiéis aumenta.

Para a investigadora, “estes homens sabem que as esposas são realmente dependentes e podem pensar que, em resultado disso, elas não os irão deixar mesmo que saibam da traição”. Quando ganham significativamente menos, por sua vez, “a infidelidade pode permitir a homens dependentes envolverem-se num comportamento compensatório”.

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