Não é por causa dos exames nacionais que os alunos do ensino básico reprovam de ano, avança o Expresso na edição deste fim de semana. De acordo com a publicação, o impacto que estas provas têm na decisão sobre se o aluno passa ou chumba é residual.

Entre 2009 e 2015, a percentagem de alunos (do 4º, 6º e 9º ano) que partiu para o exame de Português ou Matemática com nota positiva e que acabou por ter negativa por causa do desempenho que teve foi, no máximo, de 3%. Em 2015, por exemplo, a percentagem de alunos que reprovou a matemática, no 9º ano, por causa do resultado do exame foi de 0,3%.

A nota que os alunos têm no exame representa 30% da avaliação final. Se um aluno tiver 5 ou 4 na nota interna, pode até ter zero no exame que, ainda assim, garante que tem um resultado final positivo. Já, ao contrário, um aluno que tenha uma avaliação interna negativa, de 1 ou 2, precisa de ter pelo menos 4 para passar.

Hélder de Sousa, diretor do IAVE, explicou ao Expresso que as avaliações internas podem ter-se tornado mais exigentes para prevenir taxas de retenção maiores em anos de provas. Afirmando que “os sistemas sem avaliação entram em declínio”,o diretor do IAVE diz que houve uma “histeria social” que fez com que os exames servissem “para tudo”, quando deviam, na opinião de Hélder de Sousa, servir para dar informação sobre o que os alunos sabem ou não.

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