É uma das maiores “minas” de bitcoins no mundo e gere mais de 7 milhões de euros (8 milhões de dólares) por ano. Quem conta a história é a BBC, que explica que para movimentar moeda digital é necessário resolver complexos algoritmos. As instalações onde tudo acontece ficam no topo duma montanha na China, a uma altitude tão elevada que é preciso levar garrafas de oxigénio para lá chegar. O local é secreto e lá não há rede de telemóvel. Todas as comunicações são feitas através de vídeo chamadas ou aplicações de conversação que funcionam graças ao wi-fi.

A mina esconde centenas de computadores onde os trabalhadores resolvem problemas criptográficos que validam transações monetárias em todo o mundo. Nas instalações moram seis mineiros que são recompensados em… bitcoins. Qualquer movimentação fica registada, uma vez que de cada vez que um algoritmo é resolvido, um “bloco” é adicionado a uma cadeia que monitoriza as transações.

O que é a bitcoin?

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A bitcoin é uma moeda virtual criada em 2008. É uma moeda descentralizada que não é patrocinada nem emitida por nenhum país. 70% da emissão mundial de bitcoins é feita na China e a cada 10 minutos são emitidas 25 bitcoins.

Funcionam através de um sistema de pagamento peer-to-peer, que pode ser feito através de um computador ou smartphone sem recorrer a uma agência financeira intermediária. A bitcoin corre num sistema de software de código aberto e as funções de segurança são garantidas através de criptografia. Todas as transações são verificadas por nós da rede e ficam registados numa blockchain.

É a primeira criptomoeda do mundo e é também a que tem melhor cotação em bolsa. Os valores são muito voláteis, mas a bitcoin está a ser vendida por 567 euros.

Chandler Guo, o fundador da empresa, conta que são emitidas 50 bitcoins por dia e que o peso destas minas na China tem vindo a crescer exponencialmente. Hoje em dia representam 70% da atividade mundial, enquanto há dois anos eram responsáveis por apenas 40%. As máquinas estão em funcionamento 24 horas por dia.

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O negócio vai de vento em pompa, mas isso não é razão para baixar os braços. Guo tem planos para construir a maior mina de bitcoins no mundo, capaz de lidar com 30% da produção mundial. Em desenvolvimento está também uma app que permita processar as transações através de um smartphone ou um tablet.

Guo acredita que esta é a moeda do futuro, já que pode ser utilizada por qualquer pessoa em qualquer sítio do mundo e que, por não ser controlada por nenhum país, garantindo total liberdade aos seus utilizadores.

A bitcoin compete agora com a Aliplay ou a Wechat, que começam a ganhar popularidade na China. A par disto, o crescente interesse do governo chinês pela tecnologia por detrás da moeda digital indica que o país pode querer começar a emitir uma moeda oficial digital.