Lisboa subiu 11 posições no ‘ranking’ das cidades mais caras do mundo, para o 134.º lugar, numa lista encabeçada por Hong Kong e Luanda, de acordo com o indicador da consultora Mercer, divulgado esta quarta-feira.

De acordo com o 22.º Estudo Global sobre o Custo de Vida de 2016 da Mercer, Lisboa, que estava na 145.ª posição em 2015, permanece “ainda assim como uma das cidades menos dispendiosas para expatriados a nível global”.

“A explicação [para a subida] prende-se essencialmente com o aumento do custo de alguns itens que pesam na ponderação como os valores das rendas, que com o aumento da procura, associado ao turismo, acabaram também por aumentar a nível nacional”, realçou a consultora.

Como exemplo das diferenças entre as 209 cidades analisadas, aponta-se que “o arrendamento de um apartamento T2 pode custar em Lisboa 1.500 euros e em Hong Kong mais de 6.000 euros”.

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O ‘ranking’ mede o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluindo habitação, transportes, comida, roupa, bens de uso doméstico e entretenimento, e é realizado anualmente para ajudar multinacionais, organizações e governos a determinarem estratégias de compensação para os seus colaboradores expatriados.

Na lista deste ano, Hong Kong surge como a cidade mais cara do mundo, seguida de Luanda (2.º), de Zurique (3.º) – que é também a cidade europeia mais cara -, de Singapura (4.º) e de Tóquio (5.º).

O ‘top 10’ das cidades mais caras completa-se com Kinshasa (6.º), Xangai (7.º), Genebra (8.º), N’Djamena (9.º) e Pequim (10.º).

No extremo oposto, as cidades mais baratas para expatriados são Windhoek (em 209.º), Cidade do Cabo (208.º) e Bishkek (207.º).

Na Europa, Paris subiu dois lugares, para 44.º, Londres desceu cinco, para 17.º, Berlim subiu seis, para 100.º, e a cidade do Luxemburgo subiu 10 lugares, para 86.º.

As cidades dos Estados Unidos da América subiram este ano no ‘ranking’ de cidades mais caras, “devido à valorização do dólar americano”, sublinhou a consultora. Nova Iorque subiu cinco lugares e é a 11.ª cidade mais cara do mundo, Washington subiu 12 (e é a 38.ª) e Boston 17 lugares, do 64.º lugar em 2015 para 47.º este ano.

Nas cidades brasileiras de referência no estudo, o custo de vida desceu, nomeadamente em Brasília (que desceu 40 lugares, para 190.º), Rio de Janeiro (desceu 89 lugares, para 156.º) e São Paulo (desceu 88 lugares, de 40.º para 128.º).

Luanda era a cidade mais cara no ano passado e ficou este ano no segundo posto, sobretudo devido ao enfraquecimento da moeda local, e Maputo desceu de 95.º em 2015 para 164.º em 2016.

Telavive (19.º) continua a ser a cidade mais cara para expatriados no Médio Oriente, seguida do Dubai (21.º), Abu Dhabi (25.º) e Beirute (50.º).

Na América do Sul, Buenos Aires (41.º) é a cidade mais cara, embora a maioria das outras cidades deste subcontinente tenha descido no ‘ranking’ devido ao enfraquecimento das moedas locais face ao dólar americano.