Michael Gove vai avançar para a liderança do Partido Conservador e para a substituição de David Cameron no cargo de primeiro-ministro britânico. Gove, que foi ministro da Educação e da Justiça, foi um dos arquitetos da campanha do VoteLeave e diz que “sempre disse que não queria ser primeiro-ministro” mas “os acontecimentos desde a última quinta-feira pesaram muito” na ponderação de Gove. Além disso, Gove diz que “Boris Johnson não tem condições para trazer a liderança necessária e construir uma equipa para a missão à nossa frente“.
“Tenho dito por várias vezes que não queria ser primeiro-ministro. Essa sempre foi a minha posição. Mas os acontecimentos desde a última quinta-feira pesaram muito na minha consciência”, afirmou Michael Gove na candidatura à liderança do Partido Conservador britânico.
Gove diz que respeita e admira todos os candidatos à liderança. “Em particular, queria ajudar a construir uma equipa para apoiar Boris Johnson para que um político que tenha defendido a saída da União Europeia possa levar-nos até um futuro melhor”. Contudo, “cheguei, relutantemente, à conclusão de que Boris não tem condições para oferecer a liderança e construir a equipa daqui para a frente”.
O ministro de David Cameron diz que quer “um debate aberto e positivo sobre o caminho que o país vai agora tomar”.
Theresa May também já avançou
Quem também se previa que avançasse, a ministra do Interior Theresa May, já confirmou a candidatura.
May afirmou que avança por sentir que é o seu “dever patriótico” e garantiu que qualquer candidatura não poderá voltar atrás no resultado do referendo. “Não deve haver quaisquer tentativas de permanecer na União Europeia ou de sair e voltar a entrar pela porta traseira – Brexit significa Brexit“, atirou a aspirante a primeira-ministra. Ainda assim, o artigo 50 não deverá ser acionado antes de haver uma ideia clara sobre a estratégia que será seguida, adiantou — eventualmente não antes do final deste ano.