Em declarações à SIC, um amigo de Rúben Cavaco, o jovem que foi agredido em Ponte de Sor, conta o que se passou no bar em que terão acontecido os confrontos que antecederam a agressão a Rúben Cavaco. Garante que foram os iraquianos quem provocou o conflito.

O jovem não se identificou, mas contou que no bar estava um grupo de rapazes do aeródromo, bem como algumas raparigas, quando um rapaz entrou e despiu as calças. O grupo de amigos desprezou o acontecimento, dizendo que o rapaz estava claramente alcoolizado. Esse jovem, um dos gémeos iraquianos, acabou por se acalmar, mas pouco depois começou a fazer “gestos impróprios”.

A testemunha contou que foi buscar uma bebida e que esse jovem lhe deu um encontrão, mas afirma que ignorou a provocação. O iraquiano continuou a provocar, de acordo com o amigo de Rúben Cavaco, dirigindo insultos ao grupo. Alguns dos membros do grupo saíram para fumar e nessa altura já um dos irmãos estaria a agredir um outro jovem. Houve um momento de confronto mas Rúben, como a maioria do grupo, não interferiu. Os gémeos terão agredido, também, a namorada de um dos jovens.

Os filhos do embaixador iraquiano em Portugal abandonaram, depois, o bar e saíram de carro. O grupo de amigos acabou, também, por sair do local e dirigiram-se para a casa de um amigo. Rúben saiu para ir ter com a namorada. Às 3h45 voltou a contactar um dos amigos que prestou declarações à SIC, a dizer que ia ter com ele. O amigo não voltou a conseguir entrar em contacto com Rúben.

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Um outro jovem confessa que acabaram por entrar em conflito, já fora do bar, em defesa própria. “Quando nós saímos, eles já estavam com o carro parado na estrada à nossa espera. Um dentro do carro e outro cá fora. Ele dirigiu-se ao Rúben e ao Diogo.”

Disse, ainda, que um dos seus amigos (não especifica se o Rúben ou o Diogo) estava a falar e a gesticular, como é habitual, e que o irmão que estava fora do carro (Ridha, segundo os próprios gémeos) deu-lhe duas chapada nas mãos. Um outro colega ter-lhe-á segurado as mãos e, nessa altura, Ridha terá tentado agarrá-lo no pescoço. Foi nessa altura que o resto do grupo interveio. Assim começou o que o jovem descreve como “pequena briga”.

Alguns clientes do bar Koppus acudiram, tentando separar as duas partes. A GNR foi chamada ao local. O grupo de Ponte de Sor não esperou pela chegada das autoridades.

O jovem conta que, depois da intervenção dos outros clientes do bar, um dos irmãos abandonou o local de carro e o outro ficou lá.

O amigo de Rúben admitiu que saiu do local para evitar ter problemas com a polícia já que tem “um ou dois processos” e está “a tentar orientar a vida e acho injusto andarem a falar no meu passado porque neste caso não é no meu passado que têm que falar, é da situação que se passou com o Rúben, que não se faz a ninguém”

Disse também que nunca se tinha cruzado com os filhos do embaixador do Iraque e que desconhecia a sua nacionalidade.

Texto editado por João Cândido da Silva