A British American Tobacco (BAT) chegou a acordo para assumir o controlo da Reynolds Americans. O negócio de 49,4 mil milhões de dólares (46,5 mil milhões de euros) vai criar a maior tabaqueira cotada em bolsa, ultrapassando a americana Philip Morris, que fabrica a marca Malboro e controla a Tabaqueira portuguesa.

O acordo põe fim a mais de três meses de negociação pelo controlo da Reynolds que comercializa a marca Camel e surge depois de a BAT ter subido a proposta financeira para adquirir os 58% da empresa americana que ainda não detinha. Analistas admitem que a promessa de Donald Trump de descida de impostos sobre as empresas pode ter dado um empurrão à revisão em alta da oferta em mais de oito mil milhões de dólares.

A BAT, fabricante da marca Lucky Strike, era acionista da empresa americana desde a sua criação em 2004 e espera obter sinergias de 400 milhões de dólares. Esta operação assinala a última fase da onda de consolidações que tem abalado a indústria tabaqueira que luta contra a queda na procura dos cigarros tradicionais e as incertezas introduzidas pelas novas tecnologias. Um dos trunfos da Reynolds para a BAT é a liderança do mercado emergente de cigarros eletrónicos nos Estados Unidos.

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