O ex-presidente da RTP, Alberto da Ponte, morreu este sábado aos 64 anos, vítima de cancro, informou a RTP, empresa que liderou até 2015. Atualmente, o empresário era consultor e presidente da mesa da assembleia-geral da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, empresa de que também foi presidente, entre 2004 e 2012.

Alberto da Ponte foi nomeado para a presidência do conselho de administração da RTP em 2012 por Miguel Relvas, ministro que tutelava na altura o serviço público de televisão. Durante os três anos que passou à frente da RTP, esteve no centro de várias polémicas, e chegou a dizer, numa entrevista à revista Notícias TV, que “há gente na RTP que não trabalha puto”.

O despedimento de Nuno Santos, a reestruturação da estação e os conflitos com Miguel Poiares Maduro, o ministro que sucedeu a Relvas na tutela, e com o Conselho Geral Independente levaram em 2015 à saída de Alberto da Ponte da administração da empresa.

Foi, aliás, o Conselho Geral Independente que propôs a saída da equipa de Alberto da Ponte, depois de ter chumbado o plano estratégico da administração, e numa altura de polémica por causa da compra de jogos da Liga dos Campeões pela RTP. A visão que o empresário tinha para empresa — de competição e luta pelas audiências — entrou em conflito com o CGI, que considerou, na altura, que os membros da equipa de Alberto da Ponte “deixaram de ter, se é que alguma vez tiveram, as condições mínimas” as funções.

Segundo a RTP, Alberto da Ponte era licenciado em Ciências Económicas e Financeiras pelo ISEG, e passou ainda pela Harvard Business School, em Boston, EUA. Antes de passar pela Sociedade Central de Cervejas e pela RTP, Alberto da Ponte foi gestor na Jerónimo Martins e na Unilever.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR