A moda, a roupa, os acessórios e a maquilhagem nunca estiveram tão conotados com os festivais de música como nos últimos tempos. Que o digam o festival Coachella, na Califórnia, ou o britânico Glastonbury. No NOS Primavera Sound, que arrancou esta quinta-feira no Parque da Cidade, no Porto, as coroas de flores naturais continuam a ser uma imagem de marca, mas para alguns festivaleiros o estilo está sobrevalorizado.

Para o casal de namorados, Vanessa Rocha e Fábio Afonso, não faz sentido as pessoas aprumarem-se para o festival. A pensar no conforto que se pretende para calcar relva e usufruir dos concertos, a exuberância dos looks não deve ter espaço, pelo menos quando não é espontânea. “Acho que há pessoas que se esforçam por ser diferentes”, diz o jovem de 25 anos.

Já para Renata, de 29 anos, os anos de NOS Primavera Sound Porto repetem-se. Nunca faltou a nenhuma edição e a cada ano não tem ficado desiludida quanto ao cartaz. A jovem com vestido colorido afirma vestir-se assim em qualquer ocasião, seja dia de festival de música ou não. “Tem pena” que outros não façam o mesmo e usufruam mais da roupa do que da música.

Pelo contrário, o grupo de amigas — Fiona, Hannah, Lucy e Bryony — acreditam que esta é uma das ocasiões ideais para arriscar mais na aparência. “Não podia andar com glitter na cara no dia-a-dia”, diz uma delas.

Kate veio da África do Sul com o namorado, Wesley. A jovem de 21 anos acredita que o próprio ambiente do NOS Primavera Sound pode estimular a criatividade na hora de escolher o que vestir durante os três dias do festival.

Os dois amigos, Tomás e Mariana, têm provas concretas da mudança de estilo nos festivais de música ou eventos do género. “Conheço pessoal que vai a uma festa e está todo freaky (esquisito) vestido e depois no dia seguinte, anda de camisa e sapatinho de vela”, diz . No entanto, ambos consideram que é habitual ter mais cuidado nas roupas e nos acessórios nestas ocasiões.

O NOS Primavera Sound continua sexta-feira e despede-se do Porto no sábado, dia 10.