Evols

17h45, palco NOS

Rapaziada, comecemos o primeiro dia como convém. Esta equipa é portuguesa e joga no campeonato das coisas indie onde o rock anda sempre a piscar o olho ao sol, aquela atitude “está tudo bem porque na verdade nunca vai ficar tudo bem”. Coisa boa para atividades na relva. (Palco NOS)

Elza Soares

18h30, palco Super Bock

O carnaval veio ao mundo para fazer dançar e para chorar. Se nunca tínhamos prestado atenção a esta dupla realidade era porque tínhamos pouca Elza Soares nas nossas vidas. Com o álbum A Mulher do Fim do Mundo tudo mudou. Mas que isso não pese na consciência de ninguém. Vamos sempre a tempo, sempre. (Palco Super Bock)

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Sampha

21h00, palco Super Bock

O Primavera Sound tem destas coisas. Nove da noite, no meio daquele bonito lusco fusco do parque, e um herói do R&B que na verdade não o é bem porque inspira-se eu muito mais do que isso. Sampha, o inglês que trabalhou com todos antes de trabalhar por conta própria. O álbum, Process, é deste ano. É o tempo certo. (Palco Super Bock)

Metronomy

22h10, palco NOS

Não é fácil encontrar outra banda como os Metronomy. Gente que faz música de dança para gente que não quer dançar, que não está no sítio certo para dançar. As canções que põem ancas a bailar à espera do metro, na repartição pública ou no passeio do amigo cão. Imaginemos isto em grupo, quando os quadris de toda a gente estão sintonizados.

Ou então, é mudar de palco e apanhar o que se passa mais ou menos à mesma hora (início às 22h) no palco . (assim mesmo, só um ponto). Podíamos dizer que isto é hip hop, mas isso é demasiado redutor. Mais vale dizer que o princípio é hip hop, depois acontece tudo, quando ninguém sabe ao certo o que a palavra “tudo” aqui quer dizer.

Aphex Twin

00h30, palco NOS

O homem-eletrónica, o herói digital, música de dança inteligente, matemática mas com emoção. Com Syro, o álbum editado em 2014, Aphex Twin, esse irlandês sem regra, regressou aos discos depois de 13 anos distante. Motivou um nervoso miudinho generalizado, ganhou prémios, voltou aos palcos e espalhou felicidade. Boa, Richard D. James, bem jogado.

The Black Angels

01h00, palco .

Todos gostamos de um pouco de bruxaria rock’n’roll. Se alguém disser que não é porque nunca deu de caras com os Black Angels. Um pouco de honestidade: em palco mal se mexem, mas faz tudo parte de um truque, de um plano maior. Psicadelismo carregado de fuzz e distorção. Isto é o outro lado, caros amigos, é uma realidade alternativa.

Tycho

02h45, palco Pitchfork

Chega sempre aquela hora em que tudo funciona mais na base do impulso e dos instinto. Ainda mais quando o festival chega ao fim. Os Tycho servem de sugestão para a madrugada na pista de dança mas convém dizer que esse delírio festivaleiro continua até de manhã. Marc Piñol, o último alinhado, começa às 05h. É fazer as contas.

Todas as informações e cartaz completo aqui.