Nem Millennials nem Geração X. As pessoas nascidas entre 1977 e 1983 não se identificam com nenhuma das duas. A geração que tem agora entre 34 e 40 anos serve como uma ponte entre a geração que a antecede, a Geração X, e a que a precede, os Millennials. Mas agora, tem um nome próprio.
Chamamos-lhe Xennials — uma microgeração que serve como uma ponte entre o descontentamento da Geração X e o otimismo dos Millennials”, define um artigo publicado pela revista online Good.
De facto, o termo foi utilizado pela primeira vez em 2014, pela revista Good, mas só se popularizou nas últimas semanas devido a uma imagem que está a circular nas redes sociais. A publicação explica que se trata de um “micro geração nascida entre a Geração X e os Millenials” e quando a saga Star Wars foi lançada.
A publicação relata ainda que os Xennials tiveram uma “infância analógica e uma vida adulta digital” e defende que a geração tem quer o cinismo da Geração X como o otimismo dos Millennials.
Chegar aos 30 sem “anel” nem emprego fixo. O que pensam os millennials?
A geração Xennial é a última que se lembra como era a vida antes da internet mas sabe bem como é a vida com a sua existência. Têm idade suficiente para ter vivido uma infância sem internet mas passaram as suas vidas adultas online.
A invenção do termo foi atribuída erradamente pelo meios de comunicação australianos ao sociólogo e professor da Universidade de Mebourne, Dan Woodman. “Para reiterar, Xennials não é um conceito meu. Há algum tempo online, há pouco voltei a encontrar [o artigo]”, pode ler-se numa publicação que Woodman fez na sua página do Twitter, em que se refere ao artigo da revista Good.
To reiterate, Xennials not my term. Around a while online, earliest ref I've found: by @sarahstankorb & @jedoelbaum https://t.co/SsK8zpH35l
— Professor Dan Woodman (@DrDanWoodman) June 27, 2017
Em declarações ao jornal inglês The Guardian, Woodman defendeu apenas que Xennials “é um conceito engraçado para um questionário”. Sociólogo de profissão e especializado no estudo dos jovens e da gerações, Woodman defendeu que se torna “problemático quando tratamos uma grupo de pessoas como se fosse uma pessoa com um conjunto de valores”. “Há algo útil no conceito de gerações, porque nos faz lembrar o contexto social e as experiências que moldaram as nossas vidas”, admitiu ainda assim Woodman ao The Guardian.