As ações da Impresa estiveram a cair 10% na bolsa de Lisboa, esta quinta-feira, depois de a empresa anunciar um “reposicionamento estratégico” que irá levar à venda ou fecho de grande parte dos títulos do grupo, até ao final do ano. Um analista do CaixaBI diz que o “reposicionamento estratégico” da Impresa é um “passo necessário” para reduzir o endividamento do grupo.

À exceção da SIC e do semanário Expresso, todas as outras publicações detidas pelo grupo estão em risco: a Caras, a Caras Decoração, a Activa, a Visão Júnior, a Visão História, a Exame, a Exame Informática, a Telenovelas, a TV Mais, a Blitz, o Courier Internacional e o Jornal de Letras. Já a revista Visão será vendida até ao final do ano, caso contrário a revista será fechada. O grupo vai aumentar o investimento na área digital.

Revista Visão em risco de fechar. Impresa vende revistas

Na bolsa de Lisboa, as ações estiveram já a cair 10,2% para 29 cêntimos por ação, o valor mais baixo desde junho. Já recuperaram, entretanto, para uma queda de 4,3% para 30,9 cêntimos por ação.

Numa nota enviada aos investidores, esta manhã, o CaixaBI defende que “o reposicionamento estratégico ao nível do setor das revistas surge como um passo necessário tendo em vista uma maior desalavancagem da empresa”. A dívida financeira no final do primeiro semestre da Impresa ascendia a 189,1 milhões de euros e a empresa teve de cancelar uma emissão de obrigações em julho, o que fontes do mercado justificam com a escassa procura por parte dos investidores.

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