A Câmara de Lisboa vai remodelar a rede de teatro municipais. O anúncio foi feito pela vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto.

Uma das principais mudanças acontecerá com o Teatro Maria Matos, que está sem diretor artístico desde de setembro, após a saída de Mark Deputter para a Culturgest. A câmara vai abrir um concurso, no início do próximo ano, para que seja escolhido “uma companhia ou um diretor artístico” para gerir o teatro, mas o espaço irá continuar a ser propriedade da autarquia.

“O modelo será o do Capitólio [cuja gestão está entregue à agência Sons em Trânsito] – vamos arrendar o espaço a uma entidade, na perspetiva de uma empresa de produção mais do que uma companhia ou um diretor artístico, e que irá explorar o teatro com base num programa avaliado em sede de concurso”, explicou Catarina Vaz Pinto, numa entrevista ao Público.

O Maria Matos tem programação definida até julho de 2018, pelo que estas mudanças só irão ocorrer a partir da próxima temporada.

A ideia, tal como explicou Catarina Vaz Pinto à SIC Notícias, é “partir” a programação do teatro: os espetáculos de artes performativas contemporâneas passarão para o Teatro do Bairro Alto (antiga Cornucópia) e as peças dedicadas às crianças e aos jovens para o novo Teatro Luís de Camões (antiga associação recreativa Belém Clube), que está em obras de remodelação e só irá abrir ao público em setembro de 2018. Os funcionários da rede de teatro da Câmara serão redistribuídos de acordo com as necessidades apontadas e os postos de trabalho mantidos.

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“Em relação ao Maria Matos, que tem tido várias vidas desde que foi construído, vamos começar um novo ciclo de programação e vocacioná-lo para teatro de qualidade para grande público – comédia, drama ou teatro musical. Aí haverá concurso público para seleção de um projeto artístico.”

O Teatro Luís de Camões terá gestão direta da autarquia através da EGEAC. No caso do Teatro do Bairro Alto, será aberto um concurso, também no início de 2018, para se escolher a direção artística.

“Diria que tudo arrancará a partir da próxima temporada, mas que poderá começar em Setembro, Outubro ou até eventualmente Janeiro de 2019. Há, naturalmente, todo um trabalho de programação que não se faz de um dia para o outro”, explicou Catarina Vaz Pinto ao Público.