Francisco das Chagas Soares dos Santos. Soares — só Soares — na camisola. Tiquinho na gíria do futebolês. Aquela primeira metade da temporada (até perto do Natal) foi sofrível para ele. Mais suplente (às vezes nem suplente era) do que opção para Sérgio Conceição e apenas um golo em nove jogos que disputou.

Aboubakar, o senhor da posição nove, lesionou-se e Soares foi testado na vez do camaronês. Mas não aproveitaria a oportunidade.

Consta que foi mesmo Pinto da Costa quem o segurou (convencendo Sérgio Conceição a não abdicar do brasileiro) depois de Soares e Conceição se terem “pegado” após a substituição no jogo da Taça da Liga, jogo que os azuis-e-brancos perderam para o Sporting nos penáltis. Soares ficou mesmo — mesmo tendo uma tentadora proposta da China.

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E a meia-final da Taça, agora a de Portugal, outra vez contra o Sporting, ditaria a mudança no destino (destino “goleador”) do avançado. Foi de Soares o golo da vitória no Dragão.

De lá para cá, Soares não parou de somar e somar golos no campeonato — contra o Liverpool, na Champions, ficou a zeros. Seis em três encontros, sempre, sempre em modo duplo: dois ao Chaves, dois ao Rio Ave e, agora, dois ao Estoril. É curioso ver que, antes do bisar frente ao Chaves, Soares não o fazia desde março de 2017. Havia perdido o jeito. Voltou a ganhá-lo.

Aboubakar não precisa de se apressar no ginásio a recuperar da lesão sofrida. É que Soares está a dar contra do recado…