A Fundação GDA, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Voz, que é assinalado na próxima segunda-feira, vai promover rastreios da voz para artistas e população em geral, e anunciar um protocolo com a Direção-Geral das Artes (DGArtes).

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Fundação GDA/Gestão dos Direitos dos Artistas, Luís Sampaio, realçou a “importância de se rastrear a voz, nomeadamente os fumadores”, e faz “um balanço positivo” dos rastreios que anualmente se têm realizado por ocasião desta efeméride, através do Hospital Egas Moniz-Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (HEM-CHLO), em Lisboa.

Para a GDA, os rastreios de voz são importantes, “pois para os artistas são um instrumento de avaliação do seu instrumento de trabalho, permitindo-lhes corrigir tecnicamente [algumas fragilidades], e tendo atenção e cuidado com a sua saúde”. Este rastreio foi estendido à população, nomeadamente a que vive nas regiões do interior do país, com o apoio do Hospital Egas Moniz-CHLO, “zonas em que é difícil fazer exames com especialistas, uma ação que contou com o apoio da Direção-Geral de Saúde”.

O rastreio permitiu ao público em geral “identificar patologias, que podem assim corrigir, enquanto que, do ponto de vista dos artistas, muitos deles ficam surpreendidos com os resultados e com coisas que podem fazer para agir sobre a própria voz, o que os leva a conhecer melhor o seu aparelho vocal e a poderem melhorar a sua ‘performance’ e a sua saúde”. A parceria com a DGArtes, que vai ser anunciada na segunda-feira à tarde, tem como objetivo alcançar “mais intensidade”, em termos de participação dos artistas. Através da DGArtes vai ser possível, explicou Luís Sampaio, “chegar a mais e variadíssimos artistas”, nomeadamente de estruturas locais.

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Este protocolo vai possibilitar conhecer, por um lado, “um primeiro rastreio da população em geral, com uma ‘cor’ da população artística, e um segundo, mais específico, que vai abranger só a população artística, mais alargada, e que vai permitir fazer alguns trabalhos”. “Contamos com a DGArtes na colaboração institucional para promover a realização dos rastreios junto das companhias de teatro, grupos musicais e de canto, bandas e orquestras” das diferentes regiões.

Na segunda-feira, Dia Mundial da Voz, além do anúncio desta parceria, na sede da GDA, em Lisboa, vai ser apresentado o balanço clínico dos primeiros distritos onde foi realizado o Rastreio Nacional da Voz Artística, iniciado há um ano com base numa parceria entre a GDA, o Hospital Egas Moniz — Centro Hospitalar Lisboa Ocidental e a Direção-Geral de Saúde, coordenado pela otorrinolaringologista Clara Capucho.

O rastreio foi iniciado em Lisboa, em abril do ano passado, e prosseguiu em Vila Real, Bragança, Beja, Portalegre, Faro e Évora, tendo em cada uma destas cidades sido dirigido especificamente às comunidades artísticas radicadas naqueles os distritos, e, paralelamente, aberto a toda a população. Na próxima semana, de segunda a quinta-feira, decorrem no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, os rastreios aos artistas e à população em geral, de forma gratuita.