O presidente da Câmara de Alijó, José Paredes, pediu este sábado ajuda ao ministro do Ambiente para uma intervenção urgente na vila do Pinhão, um importante ponto turístico do Douro que está “em colapso”.
“Estou convencido que o Fundo Ambiental pode contribuir de forma muito significativa para resolver o principal problema do Pinhão que é o colapso de todas as infraestruturas existentes, que este sábado não tem capacidade para receber com o mínimo de dignidade as largas centenas de milhar de turistas que nos visitam anualmente”, afirmou José Paredes.
Em resposta ao autarca, o ministro João Pedro Matos Fernandes disse estar curioso por conhecer o “projeto em concreto”.
“Nós queremos desenhar, no contexto do Fundo Ambiental, quatro a cinco projetos exemplares de adaptação de núcleos urbanos às condições naturais e este pode muito bem ser um deles. Estou muito expectante relativamente à apresentação deste projeto num sítio extraordinário como é o Pinhão”, adiantou o ministro.
O autarca sublinhou que a intervenção necessária para aquela vila, localizada à beira do rio Douro e por onde, anualmente, passam milhares de turistas que ali chegam de barco, comboio ou carro, vai custar “alguns milhões de euros” e afirmou que “o município só por si não tem capacidade”.
“É uma intervenção urgente porque o futuro não espera por nós”, salientou. O Pinhão é também um importante centro económico da região, onde se localizam muitas quintas produtoras de vinho.
Na altura de vindimas, época alta para o turismo nesta região, cruzam-se no Pinhão muitos autocarros de turistas e veículos de transporte de uvas e mostos, uma situação que cria grandes constrangimentos ao nível rodoviário nesta localidade.
“É preciso uma intervenção profunda ao nível das infraestruturas de saneamento, de distribuição de água à população, ao nível de requalificação de toda a avenida António Manuel Saraiva, que é a principal avenida do Pinhão”, e de toda a zona do cais fluvial, explicou.
José Paredes referiu que o projeto de execução está “praticamente feito” e que “está a terminar um estudo de pormenor de toda aquela zona”.
“Quando tivermos o plano integrado de desenvolvimento do Pinhão concluído faremos questão de o fazer chegar ao senhor ministro e de discutir com ele possíveis formas de auxílio ao Pinhão”, frisou.