A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, elogiou este sábado o “enorme progresso” do Governo da Argentina nas políticas executadas após o empréstimo concedido ao país.

“A economia argentina vai melhorar no início de 2019 e 2020”, disse Lagarde em conferência de imprensa em Buenos Aires com o ministro das Finanças da Argentina, Nicolás Dujovne, no início do primeiro dia de reuniões dos líderes económicos do G20.

Em maio passado, o Governo do presidente argentino Mauricio Macri pediu ao FMI um apoio financeiro de 50 mil milhões de dólares (cerca de 43 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual) – muito criticado pela oposição – para poder continuar com a reforma da economia e reduzir o défice orçamental, após os graves problemas que a economia enfrentava, sobretudo com a desvalorização do peso em relação ao dólar.

Embora o programa financeiro apenas tenha sido aprovado pelo Conselho do FMI há apenas um mês, para Lagard já houve “claramente” alguns “progressos” em termos orçamentais.

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Também em termos da situação monetária, Lagarde considerou que as medidas tomadas pelo Banco Central argentino estabilizaram a situação, que agora está menos volátil.

Lagarde expressou ainda a sua confiança de que a elevada inflação da Argentina – os preços subiram 29,5% em junho face ao mesmo mês de 2017 e 3,7% face a maio – “vai cair” até 2020.

O FMI e a Argentina anunciaram em 07 de junho que chegaram a um acordo de princípio para um empréstimo ao país em troca de uma programa de reformas destinado a controlar o défice da terceira economia da América Latina.

O programa de apoio económico tem como objetivo reforçar a economia argentina com base em quatro pilares: restaurar a confiança dos mercados, proteger os mais vulneráveis, reforçar a credibilidade do banco central no seu objetivo de controlar a inflação e reduzir o défice orçamental, segundo o FMI.