Ambas as raparigas foram transportadas de helicóptero, em estado grave, para os hospitais de São José e Santa Maria, em Lisboa, enquanto os restantes quatro feridos, todos homens, com idades entre os 20 e os 25 anos, foram assistidos no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
A rapariga que deu entrada no Hospital de Santa Maria apresentava este domingo um estado “reservado” e está internada na unidade de queimados, disse à Lusa fonte do serviço de saúde.
Por seu turno, a jovem transportada para o Hospital de S. José está internada na unidade de cuidados intensivos de queimados “com queimaduras extensas” e a sua situação clínica “é grave e complexa”, indicou outra fonte hospitalar.
Quanto aos quatro feridos, inicialmente assistidos, em Évora, um teve alta ainda no sábado, outro foi para a unidade de queimados do Hospital de Coimbra e os outros foram transferidos para a cirurgia plástica do Hospital de São José, adiantou à Lusa fonte do HESE.
Os seis jovens sofreram queimaduras no incêndio rural ocorrido, no sábado, na zona de São Bento do Cortiço, na freguesia de São Bento do Cortiço e Santo Estêvão, no concelho de Estremoz, segundo disse à Lusa o comandante distrital de Évora de Operações de Socorro, José Ribeiro.
Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), uma bombeira também ficou ferida, que foi assistida no Centro de Saúde de Estremoz por cansaço.
Fonte da GNR explicou à Lusa que o fogo, cujo alerta foi dado às 18:30 de sábado, terá tido origem na projeção de faíscas, depois de os cabos de eletricidade terem tocado uns nos outros em consequência do forte vento.
“Assustados”, os jovens, que se encontravam no Monte do Cerradinho, próximo do local onde o incêndio deflagrou, terão tentado fugir de carro, mas, antes de entrarem nas viaturas, foram “apanhados” pelas chamas”, por o fogo ter “chegado rapidamente devido ao vento muito forte”, relatou a fonte.
“Foi uma pessoa que mora nas redondezas que transportou os jovens para o centro de saúde de Estremoz”, explicou a fonte da guarda, indicando que o monte em que se encontravam e que não é classificado turismo rural ficou intacto.
“O monte não ardeu e não é turismo rural. É de um conhecido dos jovens”, sublinhou a fonte, referindo que o fogo queimou “cerca de 95 hectares” de pasto, mato e olival.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Estremoz, Luís Mourinha, disse que as seis vítimas “não são do concelho”,
As chamas deflagraram na zona do Monte da Chapada, nos arredores da cidade alentejana, e foram dominadas durante a noite.